Nasce a primeira criança na maternidade de Roraima após reforma

Anúncio foi feito pelo governador de Roraima, Antonio Denarium, que desejou "vida plena" para a criança

Governador Antonio Denarium acompanhou nascimento de Maria Ísis (Foto: Secom-RR)
Governador Antonio Denarium acompanhou nascimento de Maria Ísis (Foto: Secom-RR)

A primeira criança nascida no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth após a reforma é uma menina. Maria Ísis veio ao mundo às 23h11 dessa quinta-feira (12), com 3,250 quilos e 47 centímetros. O anúncio foi feito pelo governador de Roraima, Antonio Denarium (Progressistas).

“A pequena roraimense é o bebê número 1 dessa nova fase da saúde neonatal do nosso Estado. Fiz questão de acompanhar a chegada da pequena e conversei com a mamãe Karen, que está muito feliz, pois agora a Maria vai fazer compania [sic] ao irmão Davi Miguel, que tem 1 ano e seis meses”, disse.

Na postagem feita nas redes sociais, o chefe do Poder Executivo desejou à criança “uma vida plena e cheia de oportunidades. Que ela seja uma mulher virtuosa e orgulho para a sua família!”.

Após a publicação do texto, Denarium divulgou um vídeo de 2min53seg para detalhar o passo a passo do procedimento. Nele, a mãe da bebê, a dona de casa Karen Vitoria, relata, momentos antes do parto cesárea, estar grata “por tudo”. “E com dor”, disse, rindo.

Dezenas de profissionais participaram do procedimento cirúrgico, entre eles, o médico ginecologista e obstetra Rodolfo Monteiro. “A expectativa é de que este local novo seja um local de alegrias, um local de acolhimento, um local de esperança e vida pras pacientes que vierem aqui ter seus bebês”, disse.

A Maternidade

Maternidade Nossa Senhora de Nazareth (Foto: Wenderson Cabral)

A nova unidade tem 300 leitos (sendo 294 leitos de enfermaria, 72 leitos de UTI Neonatal, cinco leitos de UTI Materna), 13 blocos e sete anexos, entre eles, bloco administrativo, de atendimento de urgência e emergência, nutrição, centro cirúrgico e laboratório, banco do leite humano, bloco do UTI Neonatal e Maternal, bloco de serviços, bloco de serviços de teste, bloco das Margaridas, das Orquídeas, das Rosas, Girassóis, banco das Azaleias, Central de Gases, Casa da Gestante e lavanderia.

Na sexta-feira (6), o governo estadual entregou a primeira etapa (reforma) após três anos, conforme termo firmado com o Ministério Público de Roraima (MPRR) – que chegou a dar mais seis meses para a gestão entregar o prédio. A benfeitoria custou aproximadamente R$ 41,6 milhões. A próxima etapa inclui obras de ampliação e está prevista para terminar em 28 de julho de 2025. Em 2021, com a transferência de pacientes para a estrutura do antigo Hospital de Retaguarda da Covid-19, Denarium estimou a conclusão dos trabalhos em cinco meses. Segundo levantamento da Folha, de 2021 a 2023, 340 crianças de até cinco anos morreram na Maternidade – na ocasião, o Governo chegou a falar que, por outro lado, em 2022 e 2023, 19.781 crianças nasceram no hospital.

Ao MP, em uma das últimas justificativas sobre a demora da entrega da reforma, a secretária estadual de Saúde, Cecília Lorenzon, e a então secretária adjunta de Infraestrutura, Delchelly Oliveira, citaram a demora da chegada de produtos e insumos sob encomenda e a seca dos rios da região. Durante as obras, a gestão estadual chegou a pedir um crédito extra de R$ 15 milhões para concluir a Maternidade, logo após perder quase R$ 17 milhões em emendas para o espaço.

Os atendimentos da nova maternidade estavam previstos para iniciar no sábado (7), o que não aconteceu, segundo denunciante que afirmou que gestantes estariam indo para lá e então descobriam que o atendimento continuava na estrutura provisória, pejorativamente conhecida como “maternidade de lona” – local que, segundo o governo estadual, será desativado em breve. As primeiras pacientes da nova maternidade chegaram apenas na terça-feira (10) após serviços de limpeza e desinfecção.