Cotidiano

Nível das águas do Rio Branco baixa mais

Embora a Caer afirme que a situação está dentro da normalidade, população é convocada para consumo consciente

Em decorrência da forte estiagem, o nível do principal rio de Roraima voltou apresentar queda no volume de água. Conforme medição realizada ontem pela Agência Brasileira de Águas (ANA), o Rio Branco baixou para 0,38 metros, considerado um nível médio de captação. Na medição realizada no dia 22 de janeiro, o nível estava em 0,45m, o que consolida uma queda de 0,07m.
Apesar da situação ainda ser considerada normal, a baixa expõe a preocupação sobre um possível racionamento de água, visto que, conforme os parâmetros de medição da ANA, o rio está a 0,07m de atingir o nível mínimo, que é de 0,31m. Para evitar que isso ocorra, a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) vem intensificando as ações sobre o uso consciente da água por parte da população.  
“Embora tenhamos essa margem de segurança, a companhia fez um plano de contingência, que é uma ação preventiva com finalidade de dar tranquilidade à população em relação a essa questão. Nós montamos uma balsa equipada de bombas com potência similar a que nós temos na unidade captadora, justamente para ajudar a população em uma possível eventualidade”, disse o presidente da Caer, Danque Esbell.
Ele afirmou que a população deve ser parte da luta contra o desperdício de água, visto que essa é a atual preocupação dos gestores brasileiros. “O risco de um desabastecimento aqui é muito pouco provável, mas as probabilidades de a natureza nos surpreender são grandes. Nunca se imaginou que as grandes metrópoles, por exemplo, passariam por crises no sistema hídrico. Mesmo com as chuvas, a situação não será sanada de forma imediata, até mesmo por conta da alta demanda. Então nós temos que nos atentar a isso, trabalhando na questão da conscientização da nossa população, para que ela faça o uso racional da água, que não desperdice, a fim de evitar que tenhamos que passar por esse tipo de problema futuramente”, frisou.
Outro problema citado por Esbell diz respeito à situação das unidades captadoras do interior do Estado. Segundo ele, as equipes da companhia vêm realizando uma série de atividades em todos os municípios. Até agora, 12 já foram beneficiados. “Todos esses municípios que tinham problemas de abastecimento eram devido à falta de equipamentos. Nós reequipamos essas unidades, substituímos muitas máquinas que estavam em péssimas condições de uso, justamente para suprir essa necessidade. Obviamente que alguns municípios ainda vão apresentar dificuldades por conta da pressão nas bombas, mas podemos garantir que haverá água nas torneiras dessas localidades”, afirmou.