O Brasil já conta com pelo menos 20.523 pessoas internadas em leitos de UTI Covid-19, segundo levantamento do Consórcio de imprensa com as secretarias estaduais de saúde. A taxa de ocupação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) é de 90% ou mais em 18 unidades federativas de todas as regiões do país.
Apenas os estados de Roraima e Amazonas têm menos de 80% das vagas UTIs ocupadas. Já o número de internados em leitos clínicos para o novo coronavírus é de 23.475. Até o momento, são 66% de UTIs ocupadas para covid-19.
As marcas são registradas na semana em que o país teve mais de 15 mil mortes por Covid-19. Nos últimos sete dias, 15.249 pessoas perderam suas vidas por causa do coronavírus. A média móvel foi de 2.178 óbitos, 49% maior que o cálculo de duas semanas atrás.
Superaram a marca de 90% de UTIs lotadas os estados do Acre, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. No Mato Grosso do Sul a ocupação das unidades de tratamento intensivo chega a 107%.
Milhares de pacientes aguardam leitos
Esse quadro de superlotação dos hospitais vem levando pacientes a formar uma fila para receber atendimento. O GLOBO levantou que menos 3209 pessoas aguardam por uma vaga clínica ou de de UTI para tratamento da Covid-19 em doze estados brasileiros.
São eles: Acre, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rondônia. Os estados do Pará e Roraima não possuem filas para leitos atualmente. O restante não retornou aos pedidos da reportagem.
Além disso, enquanto a ocupação de UTIs por pacientes com Covid-19 ultrapassa 90% na maioria dos estados, o Brasil pode estar prestes a sofrer com a falta de medicamentos e de oxigênio para pacientes internados.
A região Sul é uma das mais atingidas pela escalada de casos da doença. Segundo o presidente da Federação dos Hospitais de Santa Catarina (FEHOESC), Giovani Nascimento, a falta de medicamentos para tratamento de pessoas com Covid-19 é grave no estado.
Fonte: O Vale