Cotidiano

Novo ciclo de coleta dos alimentos inicia nesta segunda-feira

As coletas são feitas para identificar os índices de agrotóxicos presentes nos alimentos

Depois de concluídas a primeira e segunda rodadas de coletas dos alimentos disponibilizados no comércio da capital, o Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa), por meio da equipe técnica do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), inicia nesta segunda-feira, 28, a terceira rodada de coleta de alimento. As atividades que começa às 9h, em alguns supermercados da cidade, objetiva a verificação dos índices de agrotóxicos presentes nos produtos alimentícios.
Nesta terceira rodada, o alvo será a retirada de amostras de maçã, goiaba, fubá e trigo sem fermento, conforme especificação da Coordenação Geral de Toxologia (GGTOX) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O trabalho será executado até o dia 29 de setembro. A quarta e última rodada de coletas deste ano deverá iniciar no mês de outubro.
Ao ano são realizadas quatro rodadas, com a execução de dez coletas, uma a cada semana, a cada rodada, sempre nos supermercados de Boa Vista. Em 2014, o trabalho iniciou no mês de fevereiro, com a coleta das amostras de laranja, mamão e tomate. Na segunda rodada, no mês de maio, foi a vez de coletar amostras em alface, pimentão, arroz e batata inglesa. A segunda rodada foi concluída na semana passada.
Conforme o Chefe do Núcleo de Produtos, José Antônio, desde 2011 não há registros de amostras insatisfatórias, por isso a coordenação nacional tem mantido um canal direto de comunicação com os Estados para o acompanhamento das metas nacionais.
“O trabalho de vigilância segue recomendações e diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. As quatro rodadas de coletas permitem observar e acompanhar os níveis de resíduos de agrotóxicos presentes nos alimentos de origem vegetal que chegam à mesa do consumidor, de forma permanente”, esclareceu.
Segundo a responsável administrativa do PARA/RR, Conceição Sales, a cada visita aos supermercados da cidade, são aplicados formulários para que as gerências dos estabelecimentos esclareçam sobre a aquisição dos alimentos, fornecedores e armazenamento dos produtos.
As amostras são enviadas para laboratórios de referência, como o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais, além dos Laboratórios Centrais de Goiás e Rio Grande do Sul. Após as análises se for detectada alguma alteração a Anvisa entra em contato com a coordenação local, para que o proprietário do estabelecimento seja notificado.
“Existe uma lista de agrotóxicos que são permitidos para culturas específicas e se depois da análise for percebido que nível de agrotóxico autorizado para determinada cultura agrícola e se a quantidade não estão sendo respeitados, os estabelecimentos são advertidos, e é feita a suspensão imediata da comercialização do produto irregular”, complementou.
O PROGRAMA    
O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) foi iniciado em 2001 pela Anvisa. Seus resultados contribuem para a qualidade dos alimentos ofertados no mercado varejista pois propiciam a execução de medidas educativas e coercitivas para garantir a utilização de agrotóxicos segundo as Boas Práticas Agrícolas (BPA).
Além disso, os dados de resíduos encontrados permitem avaliar o risco à saúde devido à exposição aos agrotóxicos nos alimentos e subsidia a reavaliação de agrotóxicos para a tomada de decisão sobre a restrição e o banimento de agrotóxicos perigosos para a saúde da população.