Cotidiano

Novo matadouro começa a funcionar em 2015

Está prevista para o primeiro semestre de 2015 a inauguração do primeiro Matadouro e Frigorífico particular, construído às margens da BR-174, a 18 quilômetros de Boa Vista.
O Frigo10 é fruto da união de 10 empresários que, cansados de esperar do poder público uma reforma e ampliação do Mafir, resolveram unir forças e construir o próprio matadouro.
“Chegou um momento em que os empresários se viram numa posição de ou alguém tomava uma providência e construía um abatedouro ou todo produtor teria que reduzir a sua oferta de animais. Ou seja, ao invés de pensar em ampliar o rebanho, tinha que reduzir e se restringir ao mercado local”, explicou Carliens Gustavo Costa, o administrador do novo empreendimento que possui 11.900 metros quadrados de área construída.
Segundo ele, o Frigo10 será responsável pela criação de 300 empregos diretos e mais de 1.200 ocupações indiretas, além de um faturamento de cerca de R$ 50 milhões por ano.
“Foi projetado para ser uma das mais modernas indústrias de carne do país, de processamento de carne e subprodutos – e ele vai representar para o mercado local um abate de 650 animais por dia – quando estiver funcionando a todo vapor”, completou Costa.
A iniciativa dos 10 empresários do setor, além de acabar com um problema que poderia inviabilizar o setor, pretende abrir novos mercados que permita a comercialização em nível internacional, aproveitando o posicionamento estratégico do Estado.
“Atender o mercado local é a premissa. Mas a ideia é que todo o excedente que tiver, ser vendido para os mercados vizinhos e estar apto para exportar para qualquer mercado, inclusive o mercado dos judeus e muçulmanos”, informou o administrador.
O projeto contempla abate, desossa e embalagem a vácuo do produto. A modernização da estrutura vai possibilitar também o aproveitamento do subproduto, que atualmente não é feito pelo Mafir por falta de estrutura.
Além disso, o novo abatedouro prevê também a capacidade de embalar a vácuo 70% do gado abatido e com isso agregar valor ao produto e aumentar sua durabilidade, facilitando sua exportação.
Os investimentos são próprios e partiram dos empresários Antônio Oliverio Garcia de Almeida, Antônio Parima Vieira, Clever Ulisses Gomes, Ermilo Paludo, Genor Luis Faccio, Gilberto Leonildo Bocchi, José Lopes Primo, Luiz Coelho de Brito, Ronaldo Braga da Silva e Tiaraju Faccio.