ANA GABRIELA GOMES
Editoria de Cidade
O professor José Geraldo Ticianeli foi nomeado reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR) nesta segunda-feira, 2, pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). O decreto, no entanto, só foi publicado no Diário Oficial da União desta terça, 3. Com posse prevista para a próxima terça-feira, 10, na sede do Ministério da Educação, em Brasília, uma das primeiras ações do novo reitor será montar seu quadro de pró-reitores.
Ao lado do vice, professor Silvestre Nóbrega, o reitor Ticianeli contou que a partir da semana que vem, após a transmissão de cargo, terá uma proximidade concreta com os contratos, projetos e outros pontos emergenciais da instituição e aí saberá como vai direcionar sua gestão.
“Estamos felizes com a publicação da portaria de nomeação e o respeito ao processo democrático. Reforçamos os nossos compromissos de reorganizar o foco acadêmico, valorizando o ensino, a pesquisa e a extensão, além da melhoria da qualidade de vida e a valorização dos servidores. Junto com a comunidade acadêmica, vamos trabalhar para continuar formando profissionais qualificados, além de realizar ações para o desenvolvimento social, cultural e econômico do estado de Roraima. Por fim, uma das principais metas da nossa gestão é fazer com que a UFRR realmente cumpra seu papel social, sendo verdadeiramente reconhecida pela população de Roraima como um agente transformador”, afirmou o novo reitor da UFRR.
Professor do curso de Medicina da instituição, Ticianeli é doutor em Ciências pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Nóbrega é doutor em biodiversidade e biotecnologia pela UFRR, onde atua no departamento de Engenharia Eivil. Reitor e vice-reitor permanecem no cargo por quatro anos. Segundo o novo reitor, as medidas e ações mais específicas a serem desenvolvidas serão realizadas após a posse, ao tomar conhecimento total do cenário da universidade. Os sete pró-reitores que tomarão posse na semana que vem foram escolhidos pela dupla a partir de um perfil técnico e alguns atributos considerados importantes pela nova gestão, como relacionamento interpessoal e capacidade de estimular equipe. “Passou o processo eleitoral, então entendemos que não há mais chapas, grupos ou atribuição política, eles foram escolhidos por técnicas e dentro do que precisamos de cada pró-reitoria”, informou o vice-reitor. Conforme Ticianeli, serão mantidos os nomes da atual gestão que vêm cumprindo tarefas corretamente.
Outra questão levantada por Ticianeli é referente ao Ofício 43 do Ministério da Educação (MEC), limite de provimentos de cargos autorizados. “Cada universidade tem sua autonomia de matriz. Precisamos, primeiro, verificar a margem que a folha de pagamento está atingindo em relação à matriz orçamentária e, a partir daí, tranquilizar a comunidade. Teremos reunião na quinta-feira, 5, para isso”, disse.
A transmissão de cargo, onde tomam posse o vice-reitor e os pró-reitores, acontece sexta-feira, 13, às 18h, no Centro Amazônico de Fronteiras (CAF).
Fazer funcionar o Restaurante Universitário será primeira ação do novo reitor
O professor José Geraldo Ticianeli disse que sua primeira ação imediata será resolver a questão do Restaurante Universitário (RU).
Não é de hoje que o RU é alvo de denúncias por parte de alunos e até mesmo professores da instituição. O local chegou a ser fechado em 2017 por determinação da Vigilância Sanitária, após o recebimento de denúncias a respeito do manuseio dos alimentos, mas abriu uma semana depois, quando a direção conseguiu regularizar os problemas mais urgentes encontrados à época, referentes à parte hidráulica e de limpeza.
Em 2019, como consequência do bloqueio orçamentário de 30% das instituições públicas federais, dezenas de estudantes foram prejudicados com a suspensão do custeio de alimentação. No início de fevereiro deste ano, conforme matéria feita pela Folha, o RU estava com um novo processo de licitação em tramitação, devendo voltar a funcionar no retorno das aulas, previsto para a semana que vem.
“De imediato, o que faremos é regularizar a situação do RU, que está sem contrato. Inclusive, queremos trabalhar conjuntamente com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), principalmente pelo papel que desempenham no sentido da representação dos alunos”, disse.