Cotidiano

Número de empresas abertas aumenta em RR

De janeiro a abril deste ano, 331 empresas foram criadas no Estado, um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado

Enquanto em outros estados do país a crise econômica afeta os empresários, influenciando no fechamento de muitas empresas, em Roraima a realidade é um pouco diferente. Na contramão desta realidade, 331 novas empresas foram criadas no Estado entre janeiro e abril deste ano, o que representa um aumento de 16,1% em relação ao mesmo período de 2014.

De acordo com dados da Junta Comercial do Estado de Roraima (Jucerr), 81 novas empresas foram criadas em janeiro, 66 em fevereiro, 101 em março e 83 em abril. Foram 46 empresas a mais do que nos quatro primeiros meses do ano passado. O levantamento não incluiu o número de estabelecimentos abertos por microempreendedores individuais (MEI).

Segundo o vice-presidente da Jucerr, Ubirajara Rodrigues, o fato de Roraima não possuir grandes indústrias e os incentivos dados a microempresários pelo governo ajudaram na abertura de novas empresas no mercado. “O ano passado foi ruim, mas neste as coisas começaram a melhorar. O Governo Federal tem dado espaço a esses empresários e oportunidade para novos negócios”, afirmou.

Para ele, não apenas o Estado de Roraima, mas como toda região Norte está sendo uma opção para o empreendedorismo. “Em quatro meses, dado ao incentivo da microempresa, esse número tem aumentado. O Brasil está em crise, mas o cartão-postal para se iniciar qualquer negócio estão sendo os estados do Norte, principalmente Roraima”, destacou.

Apesar de as microempresas individuais, aquelas que faturam até R$ 60 mil ao ano, não constarem na lista de abertura de novos estabelecimentos, o setor é o que mais tem crescido no Estado. Segundo o último relatório divulgado pelo Portal do Microempreendedor Individual, do Governo Federal, só em Boa Vista já totalizam 7.798 empresas do ramo. Contando com os outros municípios, o número é ainda maior, com quase 10 mil microempresas.

Com a tendência positiva e uma maior oferta e demanda de mercado, o consumidor final é quem sai ganhando. Muitos serviços, como os dos setores elétrico e de eventos, têm disputado a preferência da clientela e diminuído o preço cobrado. “Um microempreendedor é diferente, ele vai atrás e vai na hora, executa o serviço sem depender de nada, e isso é bom porque o custo desse serviço vai ser barateado”, ressaltou Rodrigues.

A expectativa para os próximos anos sobre a abertura de novas empresas, conforme ele, deve continuar sendo positiva, tendo em vista que muitos assalariados estão determinados a serem donos do próprio negócio. “O futuro vai ser positivo com isso. Tem muita gente que deixou de ser funcionário para virar patrão. São pessoas que se especializaram naquilo, mas ganhavam pouco e, por isso, abriram a própria empresa”, frisou. (L.G.C)