Cotidiano

Oito casais celebram união em novo formato idealizado pelos Cartórios de RR

Tradicional celebração ganhou detalhes românticos para tornar inesquecível o momento mais importante da vida dos noivos

O dia 6 de abril será com certeza inesquecível para oito casais de Boa Vista. Enquanto para a maior parte dos roraimenses, essa foi uma quinta-feira normal, para eles foi o dia de dizer “sim”.

A cerimônia coletiva foi realizada no Cartório Loureiro, 1º Ofício de Boa Vista, pelo juiz de paz, Dr. Joziel Loureiro, e surpreendeu a maioria dos noivos e seus convidados. Enquanto pelo Brasil, é comum as celebrações serem rápidas, por aqui ganhou detalhes diferenciados que tornam o momento ainda mais especial para os envolvidos.

Os cartórios de Roraima têm buscado melhorar o atendimento e a estrutura oferecida. Tanto que adicionaram elementos para tornar o casamento civil, mais intimista e romântico. Detalhes como música clássica no violino, tocado ao vivo, tapete vermelho estendido aos noivos e bolo cenográfico para que os novos casais e seus convidados possam registrar a lembrança, agora fazem parte da cerimônia.

“Nós acreditamos que esse precisa ser um momento inesquecível para o casal como é a cerimônia religiosa. Realizamos a cerimônia de uma forma bem descontraída, para que eles se sintam mais à vontade e o momento seja o que realmente é: uma festa, uma celebração. Um momento de alegria em que você está coroando um relacionamento que muitas vezes já dura anos e anos”, disse Joziel Loureiro.

E falando em relacionamentos duradouros, quem aproveitou para formalizar uma união de 64 anos, foi o casal de índios da etnia macuxi, Josué Justino, de 86 anos e Aurina Galvão, 76.

Nascidos no município de Normandia, eles sempre nutriram o desejo de oficializar o amor que resultou em uma grande família, com 12 filhos e muitos netos. Desejo que foi realizado só agora.

“Sempre tive vontade de casar com a minha Aurina. Mas o tempo sempre acabou ocupado pelo trabalho e pela família. Agora finalmente conseguimos realizar esse nosso desejo. Agora diante dos olhos de Deus, nosso amor está abençoado, e poderemos viver felizes com o tempo que nos resta”, disse Josué.

“Agora muda tudo, né? É só felicidade! Nem todos os filhos viveram para ver esse momento, mas o importante é que o nosso amor, que já dura tantos anos, agora é reconhecido pelos homens e por Deus”, completou Aurina.

Contrastando com um amor quase secular, outro casal de noivos também celebrou o amor nesta quinta. Rikaelle Magalhães, 21 anos e João Lucas Barbosa, 20, apesar de jovens, também acreditam que é importante a oficialização do relacionamento. E os detalhes da cerimônia não passaram despercebidos.

“Estou muito feliz, porque essa decisão é pra vida toda né? Fomos muito bem recepcionados e eu não sabia que seria tão especial, com todos esses detalhes. Pra mim foi um surpresa muito agradável. Para nós, que mesmo jovens já queremos compartilhar uma vida juntos é um momento muito importante”, disse Rikaelle.

João Lucas também compartilha da mesma opinião. “É uma bênção de Deus. Nós acreditamos nesse compromisso”, comentou.

CASAMENTO CIVIL – Para casar, o primeiro passo é dar entrada no Processo de Habilitação. Para isso é preciso levar documentos pessoais, certidão de nascimento/ casamento dos noivos e duas testemunhas que conheçam o casal, para afirmar perante a lei que não existe impedimento para que o casamento ocorra. A lei impõe impedimentos, como por exemplo, já ser casado.

Após isso, o casal aguarda a finalização do processo, quando são publicados os editais de Proclamas, visam dar publicidade à sociedade da união. A partir daí os noivos são considerados aptos para casar e já podem marcar a data do casamento.

A celebração é realizada no salão, mas os noivos podem também optar por uma cerimônia reservada. No dia do casamento, é preciso que os noivos apresentem os seus padrinhos (testemunhas), que não precisam ser os mesmos da habilitação, pois as funções são diferentes.
As da habilitação atestam que não há impedimento para o casamento. E as da celebração, irão comprovar que eles não foram obrigados a casar, ou seja, que a manifestação de vontade foi livre.

Durante a celebração, há outros requisitos: as portas do cartório precisam ser franqueadas ao público, pois qualquer um pode impor impedimento ao casamento. A partir daí, o juiz de paz se dirige a cada um dos noivos e pergunta se eles se é de livre e espontânea vontade que eles querem casar. Respondendo positivamente, o juiz profere as palavras sacramentais e declara os noivos casados. Eles assinam o Termo e recebem a Certidão de Casamento.

 

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