Nesta segunda-feira, 31, é comemorado o Dia Mundial do Combate ao Fumo também chamado de dia mundial sem tabaco. A data foi criada em 1987 pela Organização Mundial a Saúde (OMS) com principal foco em alertar sobre as doenças e morte causado pelo consumo excessivo do tabaco.
O vício de tabaco é causador de mais de 50 doenças, como câncer de pulmão, fígado, pâncreas, doenças cardiovasculares, úlcera do aparelho digestivo, catarata, osteoporose, entre outras.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) Todos os anos, oito milhões de pessoas morrem por causa do tabaco. O uso excessivo é responsável por 25% de todas as mortes por câncer no mundo. Em 2019 foi registrado 32,2 mil novos casos de câncer no pulmão por tabagismo, sendo mais de 400 pessoas morrem por dia vítima dessa doença.
Sara Lima, cabeleireira e maquiadora, acendia os cigarros pra irmã mais velha e com o passar do tempo, a brincadeira foi se tornando um hábito. A precocidade da exposição ao uso do tabaco era normal na rotina da família.
“Sou de uma família de fumantes e aos 12 anos eu provei pela primeira vez, atendendo um pedido da irmã mais velha que sempre pedia para acender o cigarro dela. Praticamente todos da minha família fumavam muito cedo. A gente achava muito normal, eu acendia o cigarro e achava o máximo. Com o tempo, comecei a trabalhar e a comprar meu próprio fumo. Achava lindo ver uma mulher fumando”, relatou
Sara fumou até os 46 anos, entre recaídas e sempre na busca de manter o autocontrole. Há 10 anos, a maquiadora ainda sente vontade de fumar, mas resiste.
FUMO X COVID-19 – Uma pesquisa científica publicada pela OMS há mais de um ano, aponta que os fumantes têm maior probabilidade de desenvolver doenças graves e até morte por covid-19. Esta relação explosiva preocupou a cabeleireira Sara Lima assim que a pandemia se instalou globalmente.
“Tenho asma e quero cuidar da minha saúde, pois tenho muito medo de contrair o vírus da covid-19 novamente. A primeira vez que peguei, tive sintomas leves, foi muita sorte. Sempre dou meu exemplo de vida a todos que fumam. Quero que todos saibam dos malefícios causados pelo cigarro. Minha filha mais velha fuma e, infelizmente, ela me teve como exemplo”, explicou
TRATAMENTO – O “Programa do Tabagismo”, promovido pelo governo estadual, oferece tratamento gratuito aos fumantes. Para o paciente ter acesso, deve procurar a Coordenação da Atenção Básica da Secretaria de Saúde do município onde reside.
Os profissionais da saúde do interior passam por capacitação, promovida pelo Instituto Nacional do Câncer, a fim de atender mais especificamente os pacientes. A intenção é formar uma equipe multiprofissional, composta por enfermeiros, psicólogos, farmacêutico e médicos, que avaliam individualmente os casos recebidos.
Os dados coletados pela equipe médica são enviados ao Ministério da Saúde (MS) e depois de acompanhar os casos, o Ministério encaminha toda a medicação para que os pacientes iniciem o tratamento. Pacientes com idade entre 18 e 60 anos são os que mais procuram por ajuda, de acordo com o perfil traçado pela Sesau.
Em 2007 foi promulgada a Lei nº 745/09 que proíbe o uso de cigarro e quaisquer derivado do tabaco em locais públicos, de acordo com lei é de autoria da ex-deputada Marília Pinto. Após dois anos a Assembleia Legislativa de Roraima promulgou a Lei nº 745/09 que proíbe o consumo de cigarros e qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em locais públicos. A lei cria ambientes de uso coletivo livres do cigarro, também de autoria de Marília Pinto.