Amor e respeito pelos animais. Essas foram as motivações de Palmira Leão ao fundar a Associação Rede de Apoio e Defesa dos Animais de Roraima, a RADARR. A equipe da Folha esteve próximo ao local onde funciona a organização não governamental (ONG), após reclamações sobre o descarte de lixos em área de preservação, e encontrou um abrigo para animais em estado limpo e bem cuidado.
De acordo com uma das funcionárias, são os próprios moradores da região que descartam todo o tipo de lixo em frente à ONG, e todos os dejetos do abrigo são empacotados e recolhidos por um caminhão.
A presidente da RADARR, Palmira Leão, esclareceu que a ONG existe há três anos e o atual espaço de funcionamento é alugado.
“O proprietário está ciente de como o utilizamos. São cerca de 20 cachorros e 30 gatos. Alguns animais possuem necessidades físicas e alimentares especiais, todas elas sem custos algum ao Poder Público. Sobrevivemos de parcerias, trabalhos conjuntos com outras ONGs e recursos tirados até do nosso próprio bolso,” relatou Palmira.
Ela também disse que o resgate dos animais é feito com o apoio do Corpo de Bombeiros. “Recebemos denúncias, entramos em contato com o Corpo de Bombeiros e vamos até o local salvar os animais. São diferentes situações que vão desde maus-tratos a acidentes. Os resgatados passam por uma avaliação veterinária, são diagnosticados e tratados para só realizarmos a castração e finalmente o animalzinho está pronto para adoção”, explicou.
VOLUNTARIADO – De acordo com Luana Amorim, que também faz parte da presidência da RADARR, a ONG sobrevive por meio de trabalho voluntariado e campanhas promovidas na venda de feijoadas.
“Fazemos um trabalho importante. Mais de 200 animais já passaram pela RADARR. O número de atendimentos é sempre alto e por vezes os colaboradores levam alguns para casa porque o espaço seria pequeno para abrigar todos eles,” explicou Luana.
A RADARR também é a única ONG em Roraima que possui identificação dos animais por meio do serviço microchipado. Se trata de um projeto em parceria com a Universidade Federal de Roraima pelo curso de veterinária no qual são disponibilizados chips para serem inseridos sem danos à pele do animal e que carregam informações a respeito do cão, por exemplo, facilitando a identificação, caso necessária.
“Nos entregaram mil microchips para fazermos, juntamente com o Centro de Controle de Zoonoses [CCZ], o controle de registro dos animais. Já foram mais de 400 animais microchipados,” disse Palmira Leão.
O registro legal para funcionamento da RADDAR é recente, mas caminha juntamente às exigências da Prefeitura Municipal para que o funcionamento esteja regularizado quanto à realização de castrações. Para quem tiver interesse em ser parceiro, adotar um animal ou apadrinhar, ajudando com ração, remédios e outros custos, deve visitar a ONG localizada na Rua Angelim, 313, bairro Paraviana, ou buscar nas principais redes sociais pelo nome da Associação Rede de Apoio e Defesa dos Animais de Roraima (RADARR) para mais informações.