Atualmente, cerca 650 pessoas entre indígenas e não indígenas venezuelanos vivem nas instalações do antigo Clube do Trabalhador, conhecida como Ka’Ubanoko.
A Operação Acolhida está realizando o processo de consulta aos moradores indígenas. Essa ação está prevista para terminar até o fim deste mês.
A ideia é realocar essas famílias de forma voluntária. A atuação será acompanhada pelo Ministério Público Estadual, dentro da legalidade, legitimidade e diálogo.
“Dessa forma, a Operação Acolhida demonstra e garante respeito às liberdades individuais, bem como aos povos indígenas”, informou a coordenação da Acolhida.
Segundo a operação, há plenas condições para que se finalize a ocupação de um espaço que não oferece as condições mínimas previstas na legislação vigente.
“Os interesses são de acolher, de acordo com os preceitos legais e oferecer dignidade a essas pessoas, particularmente ao que se refere à proteção infantil, onde existem crianças desnutridas e em contato com esgoto a céu aberto, e devolver os espaços públicos à sociedade”, acrescentou.
No mês de novembro, existiam 850 pessoas ocupadas no local.
A Operação Acolhida informou que aos não indígenas foram feitas propostas de pagamento do auxílio aluguel, processo gerenciado pelo Acnur, a ida para os abrigos da Acolhida ou a interiorização.
Sessenta e oito famílias habilitaram-se para receber a ajuda financeira com o intuito de alugar imóveis e outras quarenta e oito pessoas, que viviam em Ka’Ubanoko, foram interiorizadas para várias partes do Brasil.
Em razão da especificidade da vida em comunidade, aos indígenas a proposta é a realocação dos grupos de quatro etnias no abrigo Jardim Floresta. O local foi reformado para essa finalidade e já conta com treze indígenas que viviam no antigo clube.