ANA GABRIELA GOMES
Editoria de Cidade
Por dia, aproximadamente 500 imigrantes entram em Roraima, segundo estimativas oficiais da Operação Acolhida. Desde março de 2018, mais de 330 mil adentraram no país. Só no ano passado, mais de 159 mil imigrantes foram vacinados e mais de 300 mil doses de vacina foram utilizadas.
Para este ano, está previsto o envio de cerca de R$ 280 milhões para serem utilizados pela Operação, que não se resume só em abrigos como também na interiorização e no consequente monitoramento dessas pessoas.
“Interiorizar não é levar de um lugar para o outro. É integrar socioeconomicamente com proteção social”, afirmou o comandante da Operação Acolhida em Roraima, general Antônio Manoel de Barros.
Com o intuito de aperfeiçoar os procedimentos de interiorização já realizados, a Operação vai contar, a partir deste ano, com um Centro de Coordenação que vai unir todos os atores envolvidos para trocas de informações e, consequentemente, dar agilidade ao processo. Além disso, estão previstas 12 interiorizações regionais por todo o país com vários representantes da Acolhida.
O número foi calculado a partir dos cerca de 1,5 mil imigrantes desassistidos que adentram o Estado todo mês e dos cerca de 2 mil que vivem em abrigos e nas chamadas ocupações espontâneas. Estas ocupações ocorrem em quase 11 prédios públicos e privados que estão abandonados por diversos fatores, conforme vem noticiando a Folha há meses. Atualmente, há quase 2,8 mil imigrantes nesses locais.
Para discutir essas ocupações o general Barros reuniu com o governador Antonio Denarium e propôs o compartilhamento de informações quantitativas dos dados de imigrantes em hospitais, escolas, abrigos e nas forças de segurança estaduais para chegar a números mais precisos.
Conversaram também sobre a possibilidade de um plano de desocupação dos prédios públicos estaduais onde há presença de imigrantes.
Para o processo, a Acolhida conta com aviões da Força Aérea Brasileira, vagas em voos comerciais ofertados pelas companhias aéreas, compra de passagens e fretamento de aeronaves, a depender dos recursos, disponibilidade e destino final.