Organizações sociais repudiam violência à direitos humanos e inércia da política roraimense

A carta de repúdio foi assinada nesta sexta-feira (23) por 38 entidades de todo o Brasil na Caravana de Direitos Humanos promovida pelo Comitê Xapiri

A violência contra as mulheres também foi abordada, ao mencionar o registros de mais de 500 estupros e um aumento no número de feminicídios no último ano. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A violência contra as mulheres também foi abordada, ao mencionar o registros de mais de 500 estupros e um aumento no número de feminicídios no último ano. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Organizações sociais e movimentos populares lançaram uma carta de repúdio, nesta sexta-feira (23), denunciando graves violações de direitos humanos em Roraima, especialmente contra povos indígenas, mulheres, migrantes, e outros grupos vulneráveis. A carta assinada por 38 entidades de todo o Brasil na Caravana de Direitos Humanos promovida pelo Comitê Xapiri durante a Semana Social Brasileira em Boa Vista, também relata inércia da política roraimense.

A carta destaca que mais de 20 mil garimpeiros invadiram territórios indígenas, principalmente do povo Yanomami e Ye’kwana, gerando consequências devastadoras para as comunidades locais. A violência contra as mulheres também foi abordada, ao mencionar o registros de mais de 500 estupros e um aumento no número de feminicídios no último ano.

No documento, as organizações ainda repudiam a inércia da classe política de Roraima. Para as entidades, essas ações têm contribuído para a perpetuação de práticas que suprimem os direitos humanos dos povos indígenas e outros grupos vulneráveis no estado.

[A classe política] têm assistido, de forma pacífica, essas diversas formas de violência sem se manifestar e que, por muitas vezes, são os próprios que incitam a violência quando são a favor do garimpo ilegal, quando se manifestam a favor do marco temporal, negando os direitos dos povos originários, tanto no Congresso e no Senado, votando a favor da Lei 14.701/23 entre outras que reprimem os direitos humanos.

diz trecho da carta.

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