Cotidiano

Orquídeas contrabandeadas e vendidas na Feira do Produtor são apreendidas

Cerca de 400 mudas de orquídeas oriundas da Venezuela estavam sendo vendias por uma indígena daquele país, que foi presa

A Superintendência Federal de Agricultura em Roraima (SFA-RR) fez apreensão, na Feira do Produtor, no bairro São Vicente, zona Sul da Capital, de aproximadamente 400 mudas de orquídeas de origem venezuelana. Como entraram ilegalmente no País, essas espécies poderiam provocar sérios riscos ao Estado com introdução de pragas que poderiam provocar prejuízos à economia local. A ação foi realizada na semana passada com o apoio da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) e das polícias Federal e Ambiental, mas só anunciada ontem.  
A preocupação das autoridades sanitárias é que espécies contrabandeadas podem comprometer a saúde ambiental do Estado. Segundo o fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Juan Mast, provavelmente essas mudas foram produzidas em viveiros, principalmente pela quantidade e pela homogeneidade. “Muitas apresentam o mesmo padrão e todas elas já estavam até identificadas. A detentora dessa mercadoria era uma indígena venezuelana, que estava vendendo cada uma por R$ 10,00. Ela foi presa, encaminhada à Cadeia Feminina e provavelmente será repatriada para seu país”, disse.
O grupo realizou, ainda, ações de fiscalização no Município de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, Norte do Estado. Segundo o fiscal Levimar Pinho, a ação na fronteira com Santa Elena de Uairén resultou na apreensão de mais 940 mudas de orquídeas, 247 mudas de rosas e 4 mil ovos de galinha, além de frutas que estavam sendo repassadas para o lado brasileiro de forma irregular.
“A introdução de uma praga no nosso país, como ocorreu com a mosca da carambola, pode acarretar não só prejuízos econômicos para o Estado como para o País. Então, o risco da introdução de uma praga com um material desses é muito grande e as consequências são ainda maiores”, destacou.
Devido ao risco fitossanitário, todo o material apreendido será incinerado. Para o superintendente federal de Agricultura em Roraima, Plácido Alves, a população precisa colaborar com os trabalhos das equipes, evitando trazer para o Estado qualquer produto que não tenha autorização. “Hoje, o Estado é acometido por cinco tipos de pragas, então, é importante esse trabalho desenvolvido pelos técnicos. Essa ação exige muitos cuidados e as parcerias são importantes para coibir esse tipo de crime. O trabalho de apreensão vai continuar sendo feito e a população deve evitar trazer essas mudas, porque isso acaba prejudicando Roraima em todos os sentidos”, alertou.
Ele ressaltou que todas as informações sobre proibições podem ser obtidas de forma rápida junto às equipes e nas sedes de fiscalização. “Só na sexta-feira passada, nós distribuímos em torno de 1.500 panfletos informativos explicando às pessoas que produtos de origem vegetal e animal sem certificação não podem entrar no País, além dos riscos que eles podem ocasionar. Então, a todas as pessoas que forem para o outro lado da fronteira, procurem se informar sobre isso!  Pode ser junto ao nosso escritório, aqui, na Capital, ou na própria barreira, onde temos nossas equipes que podem prestar esse esclarecimento”, frisou. (M.L.)