Cotidiano

Pacaraima pede instalação de posto móvel de combustível

O prefeito Juliano Torquato informou que viabiliza, junto a uma empresa privada em Boa Vista, a vinda de um posto móvel para abastecer a população

O município de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, tem sofrido consequências severas em razão dos últimos conflitos ocorridos na fronteira. O principal deles, segundo o prefeito Juliano Torquato, é a falta de acesso ao combustível, já que o único posto de gasolina da região fica em território venezuelano e teve sua entrada proibida pela Guarda Nacional Bolivariana desde a última sexta-feira, 22.

Para tanto, o gestor municipal informou que está averiguando a possibilidade de um posto móvel de combustível e que tratou com uma empresa privada de Boa Vista sobre a possibilidade de instalação. No momento, com a falta de gasolina, muitos moradores e trabalhadores do serviço de transporte necessitam vir até Boa Vista para abastecer. Ao retornar, repassam litros de gasolina para amigos e familiares ou vendem o combustível. Na fronteira, o preço do litro da gasolina chegou a R$ 5.

Torquato disse ainda que a dificuldade está no local onde o posto móvel de combustível poderá ser instalado. “A questão é a liberação da área. Mas já fomos junto ao Exército Brasileiro para resolver. Se não conseguirmos colocar em nenhuma área do município, vamos colocar em uma área do Exército”, explicou. Sobre a previsão de quando o posto poderá ser instalado, o prefeito afirma que ainda não há uma data certa. “Mesmo se dê certo, ainda vai demorar”, completou.

Outro problema em Pacaraima são as condições do Hospital Délio Tupinambá, que segundo o prefeito está operando no limite. De acordo com relatório, foram 56 atendimentos a venezuelanos nos últimos dias.

Dos 24 atendimentos de saúde na quinta-feira, 21, 12 foram para brasileiros e 12 para venezuelanos. Na sexta, 22, foram 21 atendimentos, sendo sete brasileiros e 14 venezuelanos. No dia 23, o número subiu para 25 atendimentos, sendo oito brasileiros e 17 venezuelanos. Já no dia 24, foram 22 atendimentos, sendo nove brasileiros e 13 venezuelanos.

Apesar do aumento da demanda, o prefeito explica que pelo menos a administração municipal já solicitou auxílio do governo do Estado e do federal, e que conseguiu apoio de prefeituras.

“Já veio alguma coisa para suprir a necessidade. Com a demanda de ambulância tivemos apoio das prefeituras de Boa Vista e de Alto Alegre, que nos auxiliou prontamente enviando as suas ambulâncias”, relatou.