Cotidiano

Paciente denuncia falta de medicamento para diabéticos no Coronel Mota

Desde o mês de novembro, a autônoma Siglid Cunha está tendo que providenciar a compra de sua medicação para diabetes porque o medicamento que é fornecido pelo Estado através do hospital Coronel Mota está em falta.
Pessoas que têm familiares precisando da medicação também usaram as redes sociais para denunciar a falta do remédio. Uma delas destacou, inclusive, a obrigação do Estado em fornecer a medicação, conforme a lei federal 11.347/2006.
“A lei prevê que todo portador de diabetes deve receber gratuitamente esse e os demais medicamentos relativos a essa doença. Há dois meses que somos obrigados a comprar a insulina em farmácia porque o Hospital Coronel Mota, único local que fazia a doação, não a faz mais”, denunciou o internauta.
Ele ressaltou ainda que cada frasco custa em torno de R$ 109,00 e que dura entre 15 a 20 dias. “E tem pessoas que tomam mais e o consumo é maior”, ressaltou Siglid, que é paciente da unidade desde 2009.
A paciente contou que na farmácia do Coronel Mota ninguém dá uma previsão de quando terá a medicação. Segundo ela, inicialmente a resposta dos servidores era de que estava próximo ao final do ano e por conta da troca de governo poderia ficar somente para janeiro. “Mas agora que mudou a gestão, dizem que não tem previsão”, contou a paciente.
A autônoma ressalta que já ocorreu outras vezes de faltar o medicamento, mas que nunca a demora passou de dois meses. “No máximo em dois meses, retornava a entrega. Mas esse tempo foi o mais extenso”, lamenta.
GOVERNO
O Governo do Estado alegou que a nova gestão recebeu o estoque de medicamentos e material hospitalar desabastecido, “com estoque zerado em diversos itens, incluindo os mais básicos”. Mas, conforme o Governo, os pacientes diabéticos “podem adquirir insumos para controle diabético diretamente nas unidades básicas de saúde”, pois “os municípios recebem, desde 2012, a contrapartida de 25% do Estado para aquisição de medicamentos da Atenção Básica”. 
A Secretaria de Comunicação explicou – por meio de nota, que o Governo Federal envia as insulinas; “e Estado e Municípios investem R$ 0,50 por habitante para a compra de insumos, como seringas, lancetas e agulhas”.
Além disso, garantiu que “os medicamentos para diabéticos também constam na lista de compra anual do Estado. Mas até que a licitação seja concluída e para que o paciente não tenha o tratamento prejudicado, a Coordenação de Assistência Farmacêutica está tentando adesão em processos abertos que já foram licitados, por meio de registro de preço em outros Estados”.
Por fim, o Governo explicou que a Coordenação “está fazendo o levantamento de tudo o que falta, e após a conclusão do relatório, vai iniciar o processo de compra”. “O Plano Anual, que inclui todos os medicamentos necessários para suprir as necessidades do Estado durante este ano, deve ser fechado até a próxima semana. A modalidade de compra utilizada será a de pregão eletrônico”, adiantou.