Portadora de Diabetes tipo 1 há onze anos e também de Lúpus, Jéssica Henrique de Araújo, de 29 anos, denunciou que a Insulina Glargina e a Hidroxicloroquina, medicamentos necessários para o tratamento dessas doenças, estão em falta no Departamento de Assistência Farmacêutica, setor da Secretaria de Saúde, em que a população poderia retirar medicamentos.
“No caso da Insulina, se eu ficar sem, começo a ter hipoglicemia e posso ter convulsões e desmaios, ou até morrer, né? Porque o açúcar alto no sangue causa muitos prejuízos. Agora se eu ficar sem a Hidroxicloroquina, que é um medicamento de uso contínuo para pacientes de Lúpus, pode ter complicações no meu quadro”, relatou Jéssica, acrescentando que um frasco de Insulina no mercado custa R$ 60 e dura um pouco menos de uma semana, enquanto a Hidroxicloroquina custa cerca de R$ 80, com duração aproximada de um mês.
A jovem apontou que o problema vem atingindo não só ela, mas também outros pacientes que dependem do departamento da Sesau para receberem esses medicamentos necessários para seus tratamentos.
“Tenho contato com muitos outros pacientes por meio do Whatsapp (aplicativo de mensagem) e eles reclamam dessa falta, porque dependem desses medicamentos para Diabetes e Lúpus”, concluiu Jéssica.
Medicamentos ainda estão em fase de aquisição
Sobre a denúncia, a Secretaria de Saúde, por meio de nota, afirma que a Hidroxicloroquina 400 mg (REQUINOL) está contemplado pelo processo de aquisição nº 020601.08890/19-65, o qual se encontra na Comissão Setorial de Licitação (CSL).
Já sobre a regularização do fornecimento de insulina Lantus (Glargina), a pasta salienta que a mesma está contemplada em outro processo de aquisição, nº 020601.000329/19-00, na terceira intenção que está é fase de cotação de preço, conforme determina a legislação em vigor.
“É importante esclarecer ainda que se tratam de medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica destinado a atender os usuários previamente cadastrados, de acordo com os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do MS (Ministério da Saúde) e Portaria no 1554 de 2013”, disse a secretaria.
Por fim, o órgão argumenta que estará informando a população tão logo o fornecimento esteja regularizado, considerando que devem ser cumpridos os prazos legais para a compra de tais medicamentos.