Cotidiano

Paciente e vereadora denunciam falta de ambulância em Caroebe

A ambulância de Entre Rio está há quatro meses parada aguardando conserto. Da mesma forma estão quebradas as duas ambulâncias do Samu que atendem a sede do Município

Se a população de Boa Vista, capital do estado e onde estão as principais unidades de saúde, sofre quando procura atendimento médico na rede pública, imagina o que acontece com os moradores do interior que tem mais dificuldade para se deslocar de um município para outro.

Para isso, a administração pública tem que oferecer ambulâncias para atender os pacientes que precisam receber atendimento médico em outras cidades ou na capital. Mas quem mora no município de Caroebe, no sul do estado, essa possibilidade está temporariamente suspensa.

Isso porque, segundo a vereadora Katiane Andrade, as duas ambulâncias do Samu que deveriam atender os pacientes da unidade mista de Caroebe estão quebradas e a ambulância que é destinada para Entre Rios está há quatro meses parada em uma oficina mecânica, aguardando conserto.

Ela contou que já foram registrados inúmeros casos de pacientes que precisaram ser encaminhados para o hospital de Rorainópolis ou de Boa Vista e não conseguiram chegar a essas unidades por falta de ambulância.

A vereadora disse ainda que um veículo modelo Pálio e uma picape Estrada estão sendo usadas para ajudar no socorro de pacientes de Entre Rios. “Veículos que não possuem o mínimo de conforto para os pacientes e nem os equipamentos necessários para o atendimento”, ressalta.

“Por falta de uma ambulância equipada já chegamos  a perder vidas. “Em novembro, faleceu um senhor dentro da ambulância por falta de oxigênio”, lembra. Segundo ela, várias cobranças já foram feitas na Câmara Municipal para que a situação seja resolvida.

O caso mais recente aconteceu no último domingo com o agricultor Derkian Cruz, de 35 anos. Ele sofreu um acidente doméstico quando teve um corte profundo no braço e perdeu muito sangue. Após os primeiros atendimentos na unidade mista, houve a necessidade de ser transferido para Rorainópolis, mas não tinha ambulância para isso.

“Se não fosse o carro da família para levar o meu irmão para Rorainópolis, não sei o que teria acontecido porque ele perdeu muito sangue e teve que ser operado”, contou o caminhoneiro Denis da Cruz, de 41 anos, irmão de Derkian. O paciente – depois de cirurgiado em Rorainópolis, foi transportado para Boa Vista e hoje está no Hospital Geral de Roraima (HGR).

OUTRO LADO
A reportagem da Folha tentou falar com o prefeito de Caroebe, Paulo Cezar Ortiz, nos dois telefones celulares dele e nos telefones fixos da Prefeitura, mas não obteve sucesso. Houve ainda uma solicitação ao governo do estado para que se pronuncie a respeito das duas ambulâncias do Samu. De acordo com o governo, “as ambulâncias do Samu são de gestão e responsabilidade dos municípios. O Estado é responsável pela regulação das chamadas, já as ambulâncias e as equipes são de responsabilidade municipal”.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.