Cotidiano

Paciente tetraplégico aguarda cirurgia no HGR

A cirurgia já foi adiada três vezes por falta de leitos no hospital e equipamentos de proteção dos profissionais de saúde, diz denúncia

A família de Josiel Sobral de Oliveira, paciente tetraplégico de 32 anos, relatou que o irmão está há mais de 100 dias aguardando cirurgia pelo sistema de saúde pública. O procedimento cirúrgico já foi adiado três vezes. A denúncia foi feita à FolhaBV nesta segunda-feira, 15.

O morador de Mucajaí deu entrada no Hospital Geral de Roraima (HGR) no dia 04 de novembro de 2020, quando sofreu um acidente de moto que colidiu com uma árvore no interior do estado.

Após receber o diagnóstico de tetraplegia, que consiste na perda total de movimento dos quatro membros, Josiel teria que aguardar uma cirurgia, da qual foi adiada três vezes por faltarem leitos no hospital, equipamentos de proteção dos profissionais de saúde e também em razão das máquinas necessárias para realizar a cirurgia estarem quebradas. 

No início de janeiro deste ano, o paciente foi transferido para o Hospital Lotty íris, que possui acordo com o Governo de Roraima. Entretanto, Josiel sentia muitas dores de dente e no corpo todo, cujos tratamentos não eram cobertos pelo convênio. 

“Procurei a Secretaria de Saúde várias vezes, porém não obtive nenhum resultado ou apoio para ele. Após implorar para ser liberado, Josiel está em casa e continua à mercê do sistema público, porque ele não consegue fazer a cirurgia aqui mas também não é transferido para outro estado”, desabafou a familiar.

Confira na íntegra resposta da Sesau sobre o caso:

“A Secretaria de Saúde informa que, devido à segunda onda da pandemia de COVID-19, enfrentada atualmente em Roraima, foi necessário suspender temporariamente cirurgias eletivas nas Unidades Hospitalares.

Esclarece que o Governo do Estado tem intensificado os trabalhos para minimizar as consequências da pandemia e garantir que a população receba o atendimento necessário. No entanto, diante do cenário atual é necessário realizar mudanças para dar continuidade na prestação dos serviços urgentes visando salvar o maior número de vidas”

Por Camilla Salustiano

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