Cerca de dez pacientes diagnosticadas com câncer realizaram um protesto em frente ao Hospital Geral de Roraima (HGR) na manhã de ontem, 30, para chamar a atenção das autoridades e reclamar da falta de dois dos principais medicamentos que atuam no combate da doença. A informação é que o anastraol e tamoxifeno, que deveriam ser disponibilizados na rede pública, estão em falta há pelo menos oito meses.
Nos cartazes, as manifestantes pediram por ‘ajuda aos pacientes oncológicos’, ‘socorro à saúde estadual’ e afirmaram que o Governo do Estado estaria ‘brincando com as suas vidas’, já que a falta de tratamento poderia complicar os sintomas da doença e resultar até em óbitos.
Outra reclamação dos manifestantes é que os pacientes que precisam de quimioterapia no Centro Oncológico de Roraima (Cecor) estariam sem realizar o tratamento e sem receber medicação há cerca de 15 dias.De acordo com a paciente Heloiza Nogueira, uma das líderes do movimento, a situação é revoltante. Ela afirma que o Estado não estaria pagando os fornecedores há mais de oito meses. “Devido a isso eles passaram a não fornecer mais a medicação aos pacientes”, frisou.
As manifestantes cobravam ainda que os salários dos funcionários terceirizados, que estão atrasados, sejam pagos.
OUTRO LADO – Com relação à aquisição de medicamentos, assim como informou no caso de atraso de fornecimento de remédios para os pacientes com lúpus em Roraima, o Governo do Estado ressaltou que está empenhado em dar andamento ao processo de licitação para a aquisição dos medicamentos.
“O processo de licitação tende a ser um pouco demorado, devido aos prazos que precisam ser cumpridos e que são regidos por leis, mas os medicamentos já estão sendo providenciados para o mais breve possível”, informou por meio de nota a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
Ainda segundo a nota, os trâmites para o pagamento da empresa que realiza o tratamento de quimioterapia estão sendo finalizados para que o serviço possa ser restabelecido o mais rápido possível.”Como parte desse trabalho de regularização, na última sexta-feira, 27, foi creditado parte do pagamento na conta da empresa em questão”, explicou.
Sobre o pagamento das empresas terceirizadas que prestam serviços para as Unidades de Saúde do Estado, dentre elas, a que atua no Cecor, a Sesau informou ainda que está trabalhando para regularizar os débitos. (P.C.)