Pacientes reclamam da falta de vacina em alguns postos de saúde da Capital. Na unidade Ione Santiago, no bairro São Pedro, zona Leste, por exemplo, um idoso foi tomar esta semana vacina contra Hepatite B, mas não havia o medicamento. Ele reclamou ainda por que não lhe informaram quando haveria.
Segundo o idoso, que preferiu não se identificar, os servidores do posto o orientaram a ir a outra unidade de saúde municipal, e ele, então, seguiu até o posto de saúde do bairro 31 de Março, onde também não encontrou a vacina. O paciente não desistiu e foi ao posto de saúde do Bairro dos Estados, mas lá tampouco havia a vacina.
A reportagem da Folha foi na manhã do último sábado, dia 3, às três unidades de saúde citadas pelo idoso, mas todas estavam fechadas. Vizinhos informaram que os postos não abrem aos sábados e domingos.
“Até parece que o povo não pode adoecer no final de semana. Esta não é a saúde que passa na propaganda. Cadê os postos abertos o dia todo?”, perguntou a dona de casa Maria Lucélia Rodrigues, de 49 anos, moradora do Bairro dos Estados.
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A hepatite B é uma doença infecciosa que afeta o fígado. Ela é causada pelo vírus da hepatite B, o VHB. Esse vírus pode causar infecções agudas e crônicas. Em alguns pacientes, os sintomas são súbitos, com vômitos. A pele fica amarelada e o doente logo tem fadiga. A urina fica com uma cor escura e ocorre dor abdominal. O vírus é transmitido pela exposição ao sangue ou fluidos corporais de uma pessoa infectada. A doença pode matar. (AJ)
Estoque da vacina está zerado e não há prazo para reabastecimento
A Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que o envio das vacinas é realizado pelo Ministério da Saúde e que há um desabastecimento nacional de vacinas com uma redução no quantitativo de doses enviadas para todo o Brasil. A vacina contra a hepatite B está com o estoque zerado em Boa Vista. “A Prefeitura anseia que o problema seja resolvido em breve, porém, não há prazo para regularização”, informou por meio de nota.
Sobre os postos de saúde fechados nos finais de semana, a Prefeitura de Boa Vista citou a normativa do Ministério da Saúde, que prevê carga horária de atendimento de 40 horas semanais, o que equivale ao horário integral de segunda a sexta-feira. Além disso, levando em consideração que a atenção básica tem o dever de promover a prevenção de agravos, segundo a PMBV, as unidades não funcionam como emergência e pronto atendimento.
