Mais uma vez a unidade de trauma do Hospital Geral de Roraima (HGR) ficou superlotada no final de semana. O alto número de acidentes de trânsito e de internações de idosos com infarto e derrame seria o motivo da superlotação, de acordo com uma funcionária, que pediu para não ser identificada.
A superlotação era tanta que um funcionário registrou o momento em que dois pacientes dividiam a mesma maca. “Na área verde eram 24 pacientes, quando a capacidade suporta apenas sete leitos. Apenas dois técnicos de enfermagem se revezavam para cuidar dos pacientes”, comentou a funcionária. “Nas áreas amarela e vermelha, eu não consegui contar a quantidade de pacientes”.
Ainda segundo a servidora, se algum paciente precisasse ser transferido, a maca não passaria pelos corredores. “Tinha maca com pacientes internados no meio do corredor”, disse.
Enquanto há superlotação em algumas áreas do hospital, haveria um setor de internação semi-intensiva que estaria vazio, sem macas e sem equipamento. “Há apenas um vão na ala”, confirmou a servidores.
SESAU – Em relação à denúncia que no fim de semana o Grande Trauma do HGR ficou lotado, a direção-geral da unidade informou, por meio de nota, que no início de cada mês e quando há pagamento do funcionalismo público, bem como véspera de feriado, o número de acidentes de trânsito aumenta.
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“Para se ter uma ideia, o Trauma chegou a receber no fim de semana, em apenas uma manhã, quatro fraturas expostas de fêmur, o que resulta em a unidade ficar sobrecarregada”, afirmou a nota.
Segundo o Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same) do HGR, o número de acidentes de trânsito subiu de 6.109 para 6.606. O demonstrativo é referente ao período de janeiro a julho de 2013 e 2014, respectivamente. As vítimas por motocicletas ainda prevalecem. Em 2013, de janeiro a julho, foram 4.319, e neste ano, no mesmo período, subiu para 5.086 vítimas. Ou seja, aumento de 17,5% do número de acidentes.
A direção da unidade lembra que o Pronto Socorro Francisco Elesbão, por ser uma unidade de referência do Estado, atende a todos os pacientes, independente ou não da existência de vagas.
Quanto à denúncia de dois pacientes utilizando a mesma maca, a gestão afirmou que desconhece o fato e que serão averiguadas as circunstâncias ocorridas.
Ainda em nota, a direção esclareceu que a antiga unidade semi-intensiva com seis leitos deixou de existir em 2013, quando o HGR duplicou o número de leitos com a inauguração da segunda UTI que possui dez leitos. O espaço atualmente é utilizado para os serviços de hemodiálise intra-hospitalar. (V.V)
