Cotidiano

Pacientes reclamam de atendimento nas unidades básicas de saúde

Usuários alegam que houve encerramento das atividades mais cedo, mesmo com a prorrogação do horário de atendimento até as 20h em algumas unidades

Dois pacientes, com suspeita de covid-19, reclamaram do atendimento nas unidades básicas de saúde (UBS) da Prefeitura Municipal de Boa Vista. Dentre os pontos citados constam o encerramento das atividades mais cedo, mesmo com a prorrogação do período de atendimento até as 20h.

Na UBS localizada no bairro Mecejana, o paciente informou que chegou ao local às 17h30, mas que foi informado pela diretoria da UBS que os atendimentos já haviam sido encerrados naquele dia, mesmo com o fechamento do local previsto somente para as 20h.

“Olhei para as cadeiras de espera e vi umas cinco pessoas. Eu perguntei como que não poderia ser atendido se só tinha cinco pessoas, mas o diretor falou que não poderia atender por que o posto só funcionava até as 18h e não tinha como receber pacientes”, disse. “Perguntei se era 18h ou 20h que encerrava e ele disse que era 20h, mas a quantidade de pacientes que tinham esperando atendimento ia até as 20h e que se fosse atendido mais alguém ia extrapolar esse horário”, informou.

Outro deles informou que estava há três horas esperando atendimento e foi informado que o médico só atenderia 15 pessoas e que não iria mais realizar o atendimento por falta de vaga. 

“Três horas passando mal e só agora passou pela cabeça de vir avisar isso. Eu sequer passei pela triagem ainda. O funcionário ainda tem o disparate de dizer que seu não estiver morrendo, não irei ser atendido”, reclamou. “Quando precisamos somos desrespeitados desse jeito, eu não estaria aguardando esse tempo todo se não precisasse de atendimento”, relatou.

OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Boa Vista sobre as reclamações e ainda aguarda retorno. Em suas redes sociais, a prefeita Teresa Surita (MDB) comentou um dos casos, da UBS do bairro Caimbé, afirmando que lamenta a situação.

“Lamento muito essa demora, essa dificuldade, estou tentando reverter. Mas vejam, estamos vivendo uma pandemia. Embora muitos se neguem a acreditar. Isso não é desatenção, isso aconteceu no mundo. Dos Estados Unidos à Itália. Nunca experimentamos algo perto dessa demanda”, declarou Teresa.