Pais de alunos matriculados na Escola Estadual 1º de Maio, na Vila do Equador, município de Rorainópolis, a quase 400 quilômetros da Capital, procuraram a FolhaBV para denunciar que as condições do prédio escolar e da quadra de esportes estão inadequadas para atender a demanda de alunos e o fato de as aulas iniciarem antes de uma reforma ou manutenção estaria pondo alunos, professores e servidores que atuam na unidade de ensino, em iminente tragédia, razão pela qual pretendem impedir que as aulas comecem na próxima segunda-feira, dia 27.
O morador da Vila, Junior Alho, que também é pai de aluno da referida instituição, informou que há 13 anos está vivendo na localidade e que até o momento não presenciou qualquer manutenção do prédio e da quadra de esportes. “Estamos passando por um descaso da parte do governo em relação à Escola 1º de Maio que nunca teve uma reforma escolar e o prédio está com uma infraestrutura inadequada e agora querem iniciar as aulas sem ventilador, sem ar-condicionado e a fiação da escola toda comprometida. Venho fazer essa denúncia de descaso da parte do poder público que tem o dever de dar solução. Temos a quadra poliesportiva com a infraestrutura toda comprometida, telhado descolado, ferragens e pilares todos enferrujados, prestes a acontecer uma tragédia. Os pais de alunos temem pelo espaço da quadra, usado pelos estudantes para fazer atividade física e a maioria dos eventos cívicos e festivos acontecem nela [na quadra]. Não é a primeira vez que a denúncia é feita. A escola quer iniciar as aulas de qualquer jeito”, desabafou.
Segundo Junior Alho, tanto o secretário de educação quanto um engenheiro do Estado já estiveram na unidade escolar. “O engenheiro condenou a escola e disse que o prédio não está adequado e deveriam construir um novo. Eles viram nossa precariedade. Quando chove, o forro da escola pesa e falta desabar na cabeça das crianças. As salas de aula alagam durante as chuvas, então, temos uma deficiência muito grande em relação à manutenção da instituição. As pessoas montam os projetos, mas não fazem a manutenção”, destacou.
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A proposta dos pais e responsáveis pelos estudantes é que uma nova escola seja construída e para isso pedem apoio dos deputados estaduais e federais para que, por meio de emendas parlamentares, destinem recursos para a construção de um prédio adequado. “Que os deputados estaduais e federais se mobilizem e tenham compaixão da gente. Estou clamando por uma ajuda do poder público, do governo. Olhem para as crianças da Vila do Equador. Eu tenho anseio de que tenhamos uma nova escola, digna para nossos filhos”, cobrou o denunciante.
Para que suas reivindicações sejam atendidas, os pais dos alunos decidiram fazer uma manifestação na segunda-feira, 27, para paralisar as aulas e pedir soluções quanto à estrutura da escola. “Precisamos de segurança. Queremos garantia de que vamos enviar nossos filhos à escola e eles vão retornar saudáveis para casa, sem acidente, sem a possibilidade de um momento trágico. Me entristece muito saber que a escola está inadequada até para o professor dar aula”, ressaltou o pai.
A reportagem da Folha entrou em contato com o governo do Estado, para que se manifestasse sobre a denúncia, e aguarda respostas.
