Cotidiano

Para 2016, Banco da Amazônia tem R$ 174 mi para investir no estado

Apicultura, fruticultura, madiocultura, piscicultura, pecuária de corte e leite, produção de grãos, madeira e turismo são as áreas prioritárias para financiamento

Este ano, o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) vai disponibilizar por meio do Banco da Amazônia cerca de R$ 174,3 milhões para ser aplicados em Roraima. Desse total, R$ 169 milhões são de créditos de fomento e R$ 5,3 milhões de créditos da carteira comercial da organização.

Três eixos estratégicos estão dentro das prioridades econômicas para financiamento, previstos no Plano de Aplicação de Recursos Financeiros do banco para o ano de 2016. O primeiro contempla os projetos sustentáveis prioritários para os Estados da Amazônia Legal, que valorizem as potencialidades locais e, ao mesmo tempo, promovam a melhoria da qualidade de vida da população, a inclusão social e a redução das desigualdades intra e inter-regionais.

O segundo e o terceiro eixos dizem respeito às oportunidades de investimentos e realização de negócios sustentáveis nas mesorregiões e microrregiões dos Estados e os arranjos produtivos locais (APL’s) prioritários nessas localidades.

Entre os projetos sustentáveis prioritários para Roraima está o de apicultura, que beneficiará os municípios de Cantá, Mucajaí, São Luiz do Anauá e Boa Vista, por meio da ampliação produtiva do mel, financiamentos e custeio de capital de giro. Em todo o Estado serão beneficiados os projetos de apicultura, fruticultura, mandiocultura, piscicultura, pecuária de corte e de leite, produção de grãos, madeira e turismo.

Já os investimentos e realização de negócios sustentáveis nas mesorregiões, as oportunidades englobam desde a produção de grãos (arroz, milho e soja), pecuária de corte e de leite, passando pela fruticultura, com a produção da melancia, sendo os municípios de Normandia e Bonfim os maiores produtores do Estado. Há investimentos previstos, ainda, à fruticultura com a produção de banana, na região que compõem os municípios de Caracaraí, Caroebe, São João da Baliza e São Luíz do Anauá.

Quanto aos Arranjos Produtivos Locais, o Banco da Amazônia selecionou, dentre outros APLs, investir nas seguintes áreas: apicultura, ceramista, fruticultura, mandiocultura, mineração, piscicultura, grãos, madeira e móveis, e turismo.

ÚLTIMOS 5 ANOS
O Banco da Amazônia aplicou em Roraima, nos últimos cinco anos, cerca de R$ 218,8 milhões em créditos de fomento. Para o desenvolvimento do comércio e do setor de serviços foram destinados R$ 72,3 milhões, à agropecuária foram R$ 38,5 milhões, às micro e pequenas empresas foram R$ 57,1 milhões e à agricultura familiar R$ 10,5 milhões.

Ao longo desse período, a instituição tem participado de grandes projetos no Estado, como a implantação de usina de biodiesel para produção de álcool a partir do plantio de cana-de-açúcar, bem como a geração de energia com o bagaço da cana no município de Bonfim, e a implantação de dois projetos para produção de biodiesel, a partir do plantio de dendê, no município de João da Baliza.

Os recursos do Banco da Amazônia trazem benefícios socioecômicos para Roraima. Em 2015, por exemplo, o impacto sobre o valor bruto da produção (VBP), ou seja, tudo que foi gerado de riqueza no Estado, chegou a R$ 127,3 milhões. Já sobre o Produto Interno Bruto (PIB) estadual, o impacto no ano passado foi de R$ 69,3 milhões. Os tributos gerados a partir das operações realizadas chegaram a R$ 15,8 milhões e foram mais de 3 mil empregos gerados e R$ 16,9 milhões em salários.

Segundo dados do Banco Central, a participação do Banco da Amazônia no crédito de fomento, em Roraima, é de 11,74%, e 23,15% dos créditos totais. As duas agências da instituição representam 6,90% de toda a rede de agências do Estado. O atendimento do banco cobre 100% dos municípios e os recursos investidos serviram para potencializar as atividades realizadas por empreendedores individuais, além de mini, micro, pequenas, médias e grandes empresas locais.

Fonte: Secom/RR