
Em um esforço conjunto para promover a inclusão socioeconômica de refugiadas e migrantes venezuelanas no Brasil, o governo japonês e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) firmaram um acordo de doação no valor de 104,25 milhões de ienes, equivalente a aproximadamente 4 milhões de reais. A cerimônia de assinatura e troca de notas ocorreu em Brasília, no dia 24 de março, com a presença do Encarregado de Negócios da Embaixada do Japão no Brasil, ISHIGAKI Tomoaki, e da Representante Adjunta do ACNUR no Brasil, Raquel Trabazo.
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A iniciativa, denominada “Projeto para melhorar os meios de subsistência e a inclusão socioeconômica para mulheres refugiadas e migrantes venezuelanas (Parceria ACNUR)”, visa oferecer oportunidades de capacitação e apoio a essas mulheres em todo o país.
Contexto da crise migratória venezuelana
A grave crise política, econômica e social na Venezuela resultou no deslocamento de cerca de 7,77 milhões de pessoas para outros países, até maio de 2024. Destes, aproximadamente 6,66 milhões buscaram refúgio em países da América Latina, sendo o Brasil um dos principais destinos, com mais de 560 mil refugiados e migrantes venezuelanos.
Diante da ausência de sinais de melhora na situação da Venezuela, estima-se que a maioria dessas pessoas permanecerá no Brasil, buscando reconstruir suas vidas e contribuir para o desenvolvimento do país.
Empoderamento feminino como chave para a integração
O projeto financiado pelo governo japonês e implementado pelo ACNUR tem como foco o empoderamento econômico das mulheres venezuelanas, reconhecendo seu papel fundamental na integração social e no desenvolvimento sustentável.
Através de treinamentos profissionalizantes, apoio ao emprego e iniciativas de empreendedorismo, incluindo capacitação em microfinanças e marketing, o projeto busca fortalecer a autonomia financeira dessas mulheres e promover sua inclusão plena na sociedade brasileira.
Espera-se que essa iniciativa não apenas melhore a qualidade de vida das refugiadas e migrantes venezuelanas, mas também contribua para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, aproveitando o potencial e a resiliência dessas mulheres.