O que era para ser mais uma opção de lazer para o boa-vistente, hoje se tornou o mais triste retrato do descaso com logradouros públicos no Estado. É assim que podemos descrever a situação do parque aquático do bairro Caçari, que fica localizado entre as ruas do Muricizeiro, da Mangueira e da Tamarineira, na zona Leste da capital.
Atualmente fechado, o parque encontra-se deteriorado pela ação do tempo e de vândalos. Nem de longe lembra o local festivo que reunia pessoas de todas as idades há alguns anos atrás. Sem utilidade alguma, as piscinas viraram criadouros ideias para o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Chukungunya e Zika Vírus.
Moradora do bairro há mais de 20 anos, a funcionária pública Margarida Alves, de 69 anos lembra que o parque costumava a ser bastante acessado por várias pessoas. Ela lamenta o desinteresse da Administração Estadual em relação ao local.
“Moro no bairro desde 1987 e antes era bem comum eles realizarem atividades para a comunidade. Tinha de tudo, desde a natação para as crianças até a hidroginástica para a terceira idade. Infelizmente, de cinco anos para cá, o parque nunca mais foi utilizado, e é uma pena, pois só quem perde com isso é a população”, comentou.
É possível perceber ainda que o local não passa por nenhum tipo de manutenção há tempos, o mato já cobre boa parte do ambiente, as grades que cercam as piscinas estão danificadas, fazendo com que qualquer pessoa tenha acesso a elas, e as salas da administração e banheiro estão com as portas arrombadas, propiciando um espaço para a realização de ilícitos.
Para o engenheiro Horácio Mendonça, 35 anos, uma solução viável para o Governo do Estado seria desativação do parque, para transformá-lo em uma praça pública. “Sairia menos custoso e agregaria muito mais atividades do que o parque aquático. O interessante é que eles pudessem fazer o quanto antes”, destacou.
O OUTRO LADO
À FolhaWeb, o Governo do Estado informou que o Instituto de Desportos da Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed) já está com processo licitatório em andamento para iniciar trabalhos de reforma geral em todas as unidades dos parques aquáticos do Estado.
Já em relação ao acúmulo de água das chuvas ocorrido nos últimos dias, uma equipe de limpeza irá ao local para medir o nível da água e solicitar um veículo da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) para esvaziar as piscinas.
A Administração Estadual disse ainda que a limpeza interna e externa nos parques aquáticos é feita de acordo com a necessidade.