Cotidiano

Parques aquáticos da Capital servem como criadouros de mosquitos

Desativados há pouco mais de dois anos e sem receber manutenção, espaços representam risco à saúde e à segurança da população

Espaços que antes serviam como ponto de encontro dos boa-vistenses à procura de aproveitar o lazer e a diversão aos fins de semana, hoje servem como abrigo para usuários de drogas e criadouros de mosquitos da dengue. A estrutura dos parques aquáticos da Capital tem sido alvo constante de denúncias e reclamações de moradores, que temem com a insegurança nos locais.
A Folha visitou alguns dos sete parques aquáticos da Capital e constatou o completo abandono dos pontos. Em um deles, localizado no bairro Asa Branca, Zona Oeste, os brinquedos se encontravam em estado de deterioração e as cercas estavam soltas e enferrujadas, além de piscinas cheias de água parada e suja e a estrutura dos quiosques depredada com várias pichações.
Os moradores reclamam da situação dos locais e lamentam não poder usufruir. “Está assim há muito tempo, ninguém mais consegue aproveitar. É lamentável porque é um lugar onde todo mundo poderia estar se divertindo, mas não pode”, disse o estudante Mateus Souza.
Para os comerciantes que ainda mantém pontos de vendas de comidas, o prejuízo é grande. “O movimento é muito fraco. Quando chega o fim de semana, que era para haver gente, não há porque não funciona. Até parei de vender almoço aqui porque não havia retorno”, contou a comerciante Vera Pereira.
Governo diz que está fazendo levantamento para recuperar os parques
Em entrevista à reportagem da Folha, o diretor do Instituto de Desportos de Roraima (IDR), Olano Matos, disse que o órgão trabalha para recuperar, o mais breve possível, todos os parques aquáticos da Capital. “Já pedimos um levantamento da real situação das unidades. Ainda não temos um prazo, mas acreditamos que o mais rápido possível vamos colocar esses locais para funcionar”, afirmou.
Segundo ele, será necessária uma reestruturação para suprir na falta de materiais nos espaços. “Vamos trabalhar com o processo de manutenção das piscinas e na compra de bombas para que elas funcionem”, reiterou.
Sobre o criadouro de mosquitos da dengue dentro das piscinas dos parques, o diretor explicou que tomará as medidas para evitar que o problema traga riscos à saúde da população. “Veremos isso ainda nesta semana. Essas piscinas têm todo um cuidado especial para que os azulejos não estraguem, por isso a necessidade de mantê-las com água, mas vamos sanar esse problema, que é sério”, frisou.
O diretor reconheceu a precariedade dos parques, mas destacou o esforço do Governo do Estado em trabalhar para que os locais sejam revitalizados. “A situação está precária e infelizmente não podemos negar isso. O governo tem o maior interesse que esses parques voltem a funcionar o quanto antes e possamos dar a oportunidade de a população em utilizar esses espaços”, pontuou. (L.G.C)