Passageiros denunciam ônibus irregular

Passageiros de uma empresa de transporte intermunicipal, localizada no bairro Cauamé, zona Oeste, reclamam que o ônibus da linha Uiramutã/Boa Vista, no qual estavam, quebrou durante a viagem no domingo, 12, e não houve o ressarcimento total da passagem. O ônibus estaria em condições precárias e transportando mais passageiros que o permitido, além de estar sendo conduzido por um motorista com aparência de ter ingerido bebida alcoólica.

De acordo com um dos passageiros, que preferiu não se identificar, muitos ônibus não chegam ao destino porque quebram com frequência na estrada e geralmente a empresa de transporte não devolve o dinheiro total da passagem. “Eu comprei uma passagem por R$ 60,00, que era para ser de Uiramutã a Boa Vista, mas o ônibus quebrou antes de chegar ao Entroncamento, faltando 190 km. Mesmo assim, a empresa cobrou R$ 50,00 e os passageiros ainda tiveram que pagar mais R$ 30,00 de táxi para poder chegar a Boa Vista”, disse.

Segundo ele, o veículo estaria superlotado, com aproximadamente 67 pessoas em pé, além de não haver cinto de segurança nas poltronas, nem extintor de incêndio. “O certo é viajarem todos sentados, com cinto. Se acontecesse um acidente ou um incêndio, todos poderiam morrer”, lamentou.

EMPRESA – O proprietário da empresa, Cledson Teixeira Lima, nega que os ônibus quebrem com frequência. “Realmente quebrou no domingo, mas estava há quase três meses sem quebrar e nós cobramos apenas o trajeto que foi feito”.

Segundo ele, há dois ônibus que fazem a linha Uiramutã/Boa Vista, mas um deles estava fretado, por isso o outro ficou superlotado. “A gente diz que não tem vaga, mas o pessoal compra passagem mesmo assim, dizendo que vai descer logo no entroncamento de Uiramutã”, afirmou.

O empresário negou as demais acusações, mas admitiu que já houve casos de motoristas dirigindo embriagados. “Já aconteceu, no passado. Mas, nesse caso, não tenho conhecimento se o motorista estava realmente bêbado”, frisou.

FISCALIZAÇÃO – O Governo do Estado informou, por meio de nota, que o Conselho Rodoviário Estadual (CRE) não tinha conhecimento do fato, mas que vai apurar o ocorrido. Se for constatada a irregularidade, irá notificar a empresa.

O governo reiterou a importância de que as denúncias sejam oficializadas junto ao conselho para que possam ser imediatamente apuradas. O CRE fica na Rodoviária Internacional de Boa Vista e funciona das 7h30 às 13h30. (N.N)