Passagens podem sair até três vezes mais baratas

Planejamentos de viagem não são feitos somente para que tudo ocorra com maior tranquilidade. É também uma forma de se economizar dinheiro, ainda mais levando em conta que passagens aéreas compradas em cima da hora podem ser até três vezes mais caras do que aquelas que poderiam ser adquiridas com pelo menos dois meses de antecedência.

É o que garante Tayana Souza, vendedora de pacotes de viagem em uma agência de turismo de Boa Vista. Ela relatou que é importante pensar primeiro em garantir a passagem, que possui um valor flutuante e varia dependendo dos horários de acesso, antes de programar todo o resto da viagem.

“Se você esperar para ver hotel, pontos turísticos e serviços, uma boa oferta de passagem pode ser perdida facilmente. O cuidado é preciso, pois estamos em um ponto distante e isolado do Brasil no percurso aéreo, então, é necessário realmente evitar que se gastem, por exemplo, R$ 800 em uma passagem para Manaus, preço que poderia ser para o Rio de Janeiro, se planejado. No caso do Rio, uma passagem comprada em cima da hora chega a R$2 mil”, explicou.

Sobre os lugares mais requisitados no Brasil, o favoritismo é por Fortaleza, no Ceará. Já para o exterior, a preferência varia entre Buenos Aires, para o público adulto, e Miami, geralmente requisitado por famílias.

“O Ceará é muito requisitado por ter praias e parques aquáticos muito conhecidos. Uma passagem para lá pode ser conseguida por R$600 com planejamento. Florianópolis e Porto Alegre também são requisitados, pela cultura e as praias de Santa Catarina. Para Buenos Aires, o preço pode sair a R$ 1,5 mil ou R$ 2 mil, incluindo diária em hotel. Para quem não se planeja, passa de R$ 4 mil. Em Miami, passagens de ida e volta em período de dez dias lá podem custar R$ 3.039 comprando agora para embarque daqui a três meses. Para viajar este mês, esse valor seria de R$ 5.504”, contou.

Segundo Neia Martins, proprietária da agência de viagens, os preços chegam a ser tão absurdos para compras em cima da hora que, como ela mesma citou, uma passagem de Boa Vista para Campinas para o dia seguinte à entrevista estava sendo vendida por R$ 3,3 mil. Apesar disso, ela destaca que não é necessariamente a antecipação que garante o melhor preço.

“Pessoalmente, com os 15 anos que tenho de experiência na área, acredito que não haja ligação entre antecedência e os preços absurdos. É claro que se tem a possibilidade de conseguir mais barato, mas em vésperas de feriados ou na alta temporada, os descontos não são tão bons. O que me entristece é que muitos podem achar que são as agências que estão tentando se aproveitar do cliente, quando na verdade nós nem sequer alteramos os preços de passagens”, comentou.

A psicóloga Jussara Barbosa, que costuma programar suas viagens com antecedência de seis meses a um ano, explica que o tempo até o dia da viagem permite uma melhor exploração dos lugares que podem ser visitados, além de garantir uma boa economia.

“Algumas questões menores são vistas com mais atenção. Como é o caso do clima, serviços, restaurantes, livrarias e outros tipos de atividades que podem passar despercebidos quando não exploradas. Além disso, sempre preferi a baixa temporada para evitar lugares lotados e preços altos que são inevitáveis em meses de recesso”, relatou. (P.B)