O presidente da Assembleia Evangélica Assembleia de Deus em Roraima, pastor Isamar Ramalho, revelou nesse domingo (24) ao Agenda da Semana, da Folha FM, que estuda concorrer ao Governo de Roraima nas eleições de 2022.
Filiado ao Podemos, Ramalho disse que essa decisão é discutida nacionalmente por seu partido e revelou que foi procurado por empresários locais para articular sua chapa. O pastor disse que deve decidir sobre o assunto até janeiro do ano que vem e reforçou o apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o que pode pesar em sua decisão pessoal, além do próprio desempenho nas pesquisas eleitorais. “Já seria de bom tamanho se nós tivéssemos uma intenção de voto entre 15%, 17% […] Eu acredito que 15%, porque 10% nós já temos”, disse.
Na montagem de sua chapa, ao lançar um candidato para o Senado, Isamar Ramalho disse que apostaria num nome “não necessariamente evangélico, mas cristão”, e que seu grupo não temeria um eventual cenário contra o deputado federal Hiran Gonçalves (PP), o senador Telmário Mota (Pros) e o ex-senador Romero Jucá (MDB).
“Deixe eles montarem a chapa deles, porque se eu venho candidato, eu venho com uma chapa pra ser vitorioso. Porque não é bater fulano ou siclano, é responder à altura a necessidade da sociedade”, pontuou.
Apesar do cenário político que vem se desenhando, o pastor disse manter boas relações com o governador Antonio Denarium (PP), desde as eleições de 2018, quando concorreu ao Senado. Na época, o PSL tinha os dois e Bolsonaro entre os filiados.
Culto com Bolsonaro deve reunir cerca de 10 mil pessoas
Na próxima terça-feira (26), está prevista uma nova visita de Bolsonaro a Roraima, que inclui a presença no culto de encerramento das comemorações dos 106 anos da Assembleia de Deus no estado.
Segundo Isamar Ramalho, a chegada do presidente à sede da igreja, no Centro, está prevista entre 14h e 17h, e o evento deve atrair mais de 10 mil pessoas, sendo 2,5 mil fiéis. Apesar do anúncio do pastor, a presidência da República ainda não divulgou a agenda oficial de Bolsonaro para terça.
O economista Getúlio Cruz, apresentador do Agenda da Semana, disse no programa ter obtido informações de bastidores de que a passagem de Jair Bolsonaro por Roraima não inclui compromissos com Denarium, e questionou Ramalho sobre o simbolismo político disso.
“Se ele deixou de abraçar o governador do estado ou conversar alguma cosia, não vou deixar passar essa oportunidade. Vou conversar com ele, mostrar as realidades, as possibilidades, e tudo, vou tratar desses assuntos, no momento certo”, disse o pastor.