Roraima se tornou, em novembro do ano passado, por meio de vacinação, área livre de aftosa. O status, porém, não autoriza a livre exportação de carne bovina para mercados externos, como a Venezuela e a Guina. Isso ocorre porque o Estado depende da chancela da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês).
Para que isso se torne realidade, ainda é preciso que estados vizinhos que já compram o produto roraimense, como o Amazonas e Amapá, também conquistem status de livre de aftosa com vacinação para, então, pleitear junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a exportação internacional de gado.
O reconhecimento nacional permite a Roraima o livre comércio com outros estados. Mas a elevação de status, anunciada há dois meses, ainda sequer foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Segundo o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), a previsão é para que isso ocorra depois do Carnaval.
Depois que passar a ser considerado pelo Mapa como um Estado livre de aftosa com vacinação, Roraima começará a receber recursos federais destinados para o controle da doença. A possibilidade de exportação a outros países, como a Guiana e a Venezuela, deve esperar um pouco mais.
“São dois reconhecimentos, um é nacional que poderemos trabalhar com todos os estados, e o outro pleito que deve ser aprovado pela organização internacional que nos dará a chancela que poderemos comercializar com qualquer país que tiver interesse na nossa carne”, disse Barreto.
Segundo ele, a expectativa é que o status internacional seja pleiteado até o fim deste ano. “Se o Amazonas conseguir avançar junto com o Amapá, acreditamos que ainda esse ano mandaremos esse pedido. Mas é importante frisar que isso deve ser feito em bloco ao Ministério da Agricultura”, destacou.
AVANÇOS – Ao ter a possibilidade de exportar carne para o mundo inteiro, os produtores poderão melhorar a genética do gado e valorizar as terras roraimenses. “Por enquanto, ainda não apareceu nenhum interessado. Já temos melhorado a genética do rebanho, com investimento na qualidade dos produtos e trabalho na questão sanitária para atender o mercado local e nacional”, disse o presidente da Cooperativa Agropecuária de Roraima (Coopercarne), Disney Mesquita.