Pecuaristas cobram ação para combate a furto de gado em propriedades rurais

Pecuaristas se reuniram na manhã de ontem, 24, na sede da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), para tratar sobre os furtos de gado que estão acontecendo na zona rural do Estado. O fato incentivou a Aderr, em conjunto com a Polícia Militar e a Polícia Civil, a fazer barreiras sanitárias de fiscalização para também coibir esse tipo de crime.

Segundo o diretor comercial da Cooperativa Agropecuária (Coopercarne), Antonio Denarium, durante a reunião, foi estabelecido que os órgãos vão atuar efetivamente para combater esse tipo de crime. “Assim será possível fiscalizar o método de abate dos animais: saber se estão sendo atendidas as condições necessárias de higiene e controlar o trânsito de animais, já que para transportar o gado o veículo precisa ter um documento específico”, explicou. Ele disse que os furtos têm ocorrido em diversas regiões do Estado.

Conforme a legislação, nenhum açougue pode comercializar carne clandestina, ou seja, de origem ilegal. “Para ser comercializado, todo bovino precisa ser abatido em um matadouro que tenha o reconhecimento da Aderr e do Ministério da Agricultura”, complementou Denarium.

A lei diz que é crime o furto de qualquer animal domesticável de produção, como galinha e suínos, ainda que abatido ou dividido em partes no local do furto. A pena de prisão vai de dois a cinco anos. Aquele que adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, armazenar ou comercializar esses animais também será punido com prisão de dois a cinco anos, além de receber multa de R$ 500,00 a R$ 1.000,00 por dia.

Denarium orienta os produtores rurais a reforçarem a segurança em suas propriedades. “É importante que os pecuaristas coloquem cadeados nas porteiras e nos colchetes de entrada de sua propriedade. Monitore o gado, se possível, por câmera de segurança, além de ter um bom relacionamento com os vizinhos, principalmente para ser avisado quando alguém perceber uma movimentação estranha. Além disso, quando for furtado, registrar um boletim de ocorrência na delegacia”, destacou. (B.B)