Peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Roraima (PCRR) deu início nessa quarta-feira, 24, à primeira etapa de 2021 de coleta de DNA das reeducandas da Cadeia Pública Feminina de Boa Vista.
O material coletado fará parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos e pode contribuir para a resolução de autoria de delitos.
A Lei 12.654/12 prevê a coleta do material genético de condenados por crimes hediondos ou de natureza grave contra a pessoa. Até junho, a meta é coletar material genético de 300 pessoas do sistema prisional do Estado.
A ação envolve um esforço concentrado entre a Sesp (Secretaria de Segurança Pública), Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) e a PCRR.
O delegado geral, Herbert de Amorim Cardoso, acompanhou o início do trabalho na manhã desta quarta-feira, 24, na sede da Cadeia Pública Feminina e destacou que o LGF (Laboratório de Genética Forense) hoje é responsável pela coleta do DNA dos apenados.
“Todo o DNA de pessoas que se enquadram nos crimes hediondos será coletado em Roraima e inserido no Banco de Perfil Genético Nacional. Isso vai facilitar a investigação, principalmente após o crime ou reincidência, pois qualquer vestígio deixado no local do delito, quando coletado, é confrontado com esse material e verificado com toda certeza a autoria do fato”, detalhou.
Cardoso ressaltou ainda que o trabalho é uma ação do Governo de Roraima com a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), visando manter o Banco de Perfil Genético alimentado e com bastante informação para facilitar a resolução de crimes futuros. “O Instituto de Criminalística da Polícia Civil vem utilizando a ciência, a pesquisa e aperfeiçoando cada dia mais os seus profissionais para ofertar um excelente trabalho a serviço da nossa sociedade”, afirmou.
O diretor do IC, Sttefani Ribeiro, destacou que o trabalho de coleta de material genético de apenados passou a ser realizado em Roraima após a inauguração do LGF.
“Esta é a primeira etapa deste ano. Realizamos esse trabalho em anos anteriores. A meta estabelecida pela Senasp deste ano gravita em torno de 300 perfis genéticos que temos que depositar no Banco de Perfil Genético Nacional até o final de junho. Começamos este trabalho hoje com o apoio da Polícia Civil, da Sesp e Sejuc, para cumprir essa meta do Governo Federal”, disse.
Segundo a perita do LGF, Érica Veras, hoje está sendo cumprida na Cadeia Pública Feminina 10% da meta. As amostras serão analisadas no Laboratório de Genética Forense e realizado o processamento dessas amostras, através do exame de DNA.
A COLETA – A ação realizada pelos peritos criminais consiste em coletar a saliva das reeducandas, através de um swab, que é passado na bochecha (parte interna). A saliva posteriormente será processada, quando será extraído o perfil genético dos presos para alimentar o banco de dados nacional. Para a coleta, os peritos criminais contaram com o apoio de um perito papiloscopista do IIOC (Instituto de Identificação Odílio Cruz).