ANA GABRIELA GOMES
Editoria de Cidade
Até março de 2020, equipes do projeto da Usina Hidrelétrica (UHE) Bem Querer estarão em Roraima para avaliar os possíveis impactos socioambientais da hidrelétrica na região. Entre as etapas do estudo, está prevista a realização de uma pesquisa para identificar o perfil socioeconômico das pessoas e propriedades que poderão ser atingidas. Ao todo, serão visitados seis municípios.
O primeiro a ser visitado é Mucajaí, previsto para o dia 11 de dezembro. Em seguida, é a vez de Iracema (16/12), Caracaraí (06/01), Cantá (27/01), Boa Vista (03/02) e Bonfim (17/02). A pesquisa é feita por meio do Cadastro Socioeconômico, que é uma forma de identificar a população por meio da aplicação de questionários. Por isso, se você é morador ou exerce atividade econômica em um desse locais, participe do questionário e tire suas dúvidas.
Para sua segurança, as pessoas da equipe estarão identificadas com uniforme e crachá da empresa Walm Engenharia. Vale ressaltar ainda que as respostas dadas no cadastro são confidenciais, conforme previsto em lei. Ao final da etapa de entrevistas, as equipes avaliam as informações levantadas e elaboram medidas para diminuir ou evitar os impactos apontados pelos habitantes.
A superintendente de Meio Ambiente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Elisângela Almeida, explicou que, dentro do estudo, também é possível propor a criação de programas que tenham o mesmo objetivo de diminuir ou evitar os danos. “Também fazemos visitas à estrutura pública, como prefeituras e secretarias, além de divulgar com antecedência o trabalho que será realizado e o que já está acontecendo”, disse.
Para mais informações sobre o cadastro socioeconômico da UHE Bem Querer, basta entrar em contato pelo telefone 3623-2419 ou pelo e-mail [email protected]. Caso queira conversar pessoalmente com a equipe do Consórcio Walm, basta se dirigir à sede do projeto, na rua Manoel Aires, 152, bairro Mecejana, das 09:00 às 12:00h e das 13:00 às 17:00h.
USINA – A usina de Bem Querer tem previsão de ser implantada no Rio Branco, em Caracaraí, e terá custos estimados em 5 bilhões. Dados do plano de operação informam que a viabilidade está com registro ativo e a Hidrelétrica com previsão de começar as obras em 2024. Segundo a EPE, a área do reservatório será de 519 km², sendo que parte dessa área corresponde ao próprio Rio Branco e seus afluentes. A área efetivamente alagada será de aproximadamente 330 km², compreendendo os municípios de Bonfim, Boa Vista, Caracaraí, Cantá, Iracema e Mucajaí, com produção de 650 megawatts de potência, sendo integrada ao Sistema Interligado Nacional. O objetivo do projeto é ampliar a oferta de energia na região Norte e no Brasil.