A Polícia Militar de Roraima comemorou 40 anos de criação da instituição no Estado com homenagens e o anúncio de criação da Polícia Comunitária. A festa ocorreu na tarde de ontem em frente ao Quartel do Comando-Geral, na avenida Ene Garcez, e contou com a presença de autoridades civis, militares e do Exército.
Na solenidade, houve a Formatura Militar e a outorga da medalha Mérito Operacional Cruzeiro do Sul concedida a 13 policiais militares, entre oficiais e praças, que se destacaram em ocorrências policiais. Houve ainda a promoção post mortem ao segundo-sargento da Polícia Militar Rinaldo Gomes de Oliveira à graduação de primeiro-sargento. Ele faleceu vítima de acidente de trânsito quando estava de serviço em janeiro deste ano.
Segundo o comandante da PM, coronel Dagoberto Gonçalves, os condecorados são policiais que se destacam no trabalho diário de zelar pela segurança das pessoas. “Estes policiais se destacam por estar no enfrentamento à criminalidade, salvando vidas, socorrendo vítimas de acidentes de trânsito. Aproveitamos essa data para prestigiar e reconhecer esses policiais por seus trabalhos para o bem da sociedade e de ser exemplos a serem seguidos por toda a corporação”, disse.
O comandante ressaltou que, nestes 40 anos, a PM assistiu, participou e conviveu em todos os grandes eventos da vida do Estado, quer seja festivo, de crise ou de enfretamento a ocorrências. “São quatro décadas que servimos e protegemos a sociedade, tanto na Capital quanto nos 14 municípios do interior do Estado. A PM é o único órgão que está presente em todos os vilarejos, onde sempre há um policial garantido e dando segurança a população da localidade”, frisou.
Instalação da Polícia Comunitária será discutida junto à população
Um dos destaques do comandante da PM, Dagoberto Gonçalves, durante a solenidade de ontem, foi sobre a implantação da Polícia Comunitária, que já havia sido anunciada em entrevista à Rádio Folha, há duas semanas. O projeto já está sendo elaborado e, a partir do próximo mês, começa a ser discutido com as comunidades.
“Estamos fazendo uma reengenharia e uma nova dinâmica do policiamento, que passa a ser mais dinâmico ao invés de ficar correndo atrás das ocorrências. Ao fazer essa parceria de novas ideias com a comunidade, discutindo os problemas, é que podemos fazer a prevenção, não só a primária, que evita as causas de crime, mas também a secundária e até a repressão qualificada”, disse.
Para o comandante, a Polícia Comunitária é o melhor instrumento para se conseguir paz e segurança para a população. “A Polícia Comunitária é voltada para aproximar as pessoas e cuidar delas e de seus problemas”, frisou.
Ele ressaltou que já está em entendimento com as comunidades para a instalação e eleição dos conselhos comunitários, formado e eleito por voluntários. “Para o início do próximo ano, já queremos iniciar as discussões com os conselhos para planejar o policiamento de cada comunidade de acordo com cada problemática apresentada pela comunidade”, disse.
“São eles que vão dizer quais os problemas do bairro durante fóruns de discussão com a polícia, quer sejam problemas de trânsito, drogas, iluminação, praça, evasão escolar, criança abandoada, e toda dinâmica que possa ser apresentada e discutida, e assim planejar e se antecipar aos fatos para fazer um tratamento preventivo com a finalidade de reduzir os problemas apontados”, frisou. (R.R)