Fim do ano chegou e com ele a alta temporada de viagens também. Mas imagine que ao retornar das férias, sua casa tenha sido revirada e alguns dos seus itens furtados. Foi exatamente o que aconteceu com uma família que mora no bairro Caçari, no último dia 24. Os criminosos levaram um carro, três televisões de led e um notebook. Os donos foram informados por vizinhos que encontraram os cachorros da família perambulando pela rua e a residência aberta.
Mesmo que situações como essa sejam imprevisíveis, algumas medidas simples podem ajudar na prevenção de arrombamentos enquanto o lar doce lar está vazio.
Um dos principais erros de quem sai de casa para aproveitar as férias é fazer publicações em redes sociais anunciando sobre a viagem. De acordo com o especialista em segurança, coronel Lindolfo Bessa, este pode ser um chamativo para pessoas mal intencionadas.
“É importantíssimo, nesse momento que você vai se ausentar de sua residência, uma certa discrição e evitar deixar entendido que sua casa vai ficar fechada por aquele período. As pessoas costumam fazer muito isso e é um indicativo que aquela casa estará sem pessoas e sem segurança”, afirma.
Ao contrário do que muitos imaginam, deixar as luzes acesas não “espanta” ladrões. Este ato também pode despertar a curiosidade dos criminosos, acredita Bessa.
“Luzes acesas na residência, durante o dia principalmente. A pessoa viaja, deixa as luzes externas acesas e as pessoas vão percebendo, com o passar do tempo, aquelas luzes constantemente acesas. Isso também se torna um indicativo. Outro fator é que quem tem assinatura de jornais e revistas e que vai passar um período maior de férias, por exemplo, os materiais vão chegando e se aglomerando na caixa de correio”, disse.
Esses dois pontos podem ser resolvidos por uma única medida. Segundo Bessa, pedir que alguém vigie a casa pode ser bastante eficiente para tornar a residência mais segura. “Se você encontrar uma pessoa que vai permanecer principalmente à noite, é ótimo, lógico. Mas nessa impossibilidade, deve-se contactar um vizinho, parente, um colega de trabalho ou alguém que more próximo para que de vez em quando vá lá na sua residência e dê uma olhada, recolha os jornais e apague as luzes. Isso aí com certeza vai minimizar os riscos”, orientou.
Ainda conforme Bessa, medidas de segurança devem ser tomadas não somente durante viagens, mas no dia a dia. “É interessante que durante o cotidiano você reforce as trancas dos cadeados, verifique se as janelas estão abertas. Se for possível, instalar cerca elétrica, alarme ou câmera, manter sempre o portão fechado. Isso vai criar algum obstáculo que dificulta a entrada de alguém no seu domicílio”, explicou.
Bessa destaca que os proprietários de casas que não possuam um muro fechado ou que tenham grades e cercas que permitam a visualização do quintal, devem ter o cuidado redobrado com os objetos deixados na parte externa. Caso se ausentem por um período maior de tempo, é ideal que os materiais sejam colocados dentro da residência e as roupas sejam recolhidas do varal.
Mesmo quem mora em condomínio fechado pode ser vítima de furto. Nestes casos, os porteiros devem ser informados sobre a data de ida e de retorno. Desta forma, eles não permitirão nenhuma visita (a não ser algum nome de confiança que você tenha passado a eles) ou prestação de serviço no período, como manutenções do ar condicionado ou internet.
“O próprio morador também deve fazer a comunicação e dizer que naquele período ele não vai precisar de nada referente a esses profissionais [de manutenção] e pedir ao porteiro que guarde em um local seguro as correspondências, se chegarem”, complementou.
Valores e joias devem estar preferencialmente guardados no banco, afirma Bessa, já que é o local mais seguro para isso. “Dentro dessa impossibilidade, a pessoa deve manter no cofre. Mas essas informações devem ser bastante restritas às pessoas do seu convívio e de sua confiança. Na primeira oportunidade que tiver, deve-se fazer esse depósito em um local seguro”, salientou.
Nas casas que possuem equipamentos de segurança, é importante que sejam testados antes da viagem e vizinhos de confiança avisados sobre o equipamento. Desta forma, eles ficarão atentos durante sua viagem. “Informar que caso venha disparar o alarme, a empresa x ou y é responsável. Então, é só deixar o contato da empresa para um irmão, um vizinho ou alguém de confiança”, finalizou.