A Polícia Militar de Roraima cumpriu nesta quinta-feira, dia 19, a ordem judicial que determinava o desbloqueio de um trecho da RR-171, antes da ponte sobre o Rio Urucuri, no município de Uiramutã. Para garantir o cumprimento da decisão judicial e evitar que o bloqueio seja restabelecido, policiais do CPI (Comando de Policiamento do Interior) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais) vão permanecer na região por mais alguns dias.
O comandante do CPI, major Igor Mayko, explicou que a desobstrução ocorreu de forma pacífica. “Os próprios indígenas retiraram parte dos objetos que faziam a barricada. Nós removemos apenas o que sobrou no local. Conversamos com o advogado do CIR [Conselho Indígena de Roraima] que entendeu que se o bloqueio permanecesse, eles estariam descumprindo uma decisão judicial e estariam sujeitos ao pagamento de multa”, disse.
O major informou ainda que a permanência da PMRR no local é um procedimento de praxe. “Vamos fazer rondas no local por mais alguns dias para garantir a passagem de pessoas e veículos. Agora, o trânsito está livre, tanto para a população de Uiramutã como de qualquer cidadão roraimense que esteja de passagem pela região”, informou.
Surumu
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Além do policiamento ostensivo na região do Urucuri, as equipes da PMRR vão fazer patrulhamento na região do Surumu, também no município de Uiramutã. “Surgiu a possibilidade de um bloqueio neste outro trecho e vamos permanecer na região para garantir o trânsito livre nesta localidade”, disse o major.
CIR
De acordo com Conselho Indígena de Roraima, denunciou que parte dos PMs estavam sem máscara, ignorando as medidas de prevenção à Covid-19. Mesmo com as lideranças cumprindo pacificamente a decisão da Justiça que determinou o desbloqueio da RR 171, que passa por dentro de seu território, situada na comunidade São Mateus, terra indígena Raposa Serra do Sol. No local, as lideranças estavam mobilizadas no combate à circulação de bebidas alcoólicas, materiais de garimpo, veículos roubados entre outras, além da Covid-19.
O Conselho reforçou que ainda irão requerer ao Ministério Público Federal (MPF) que apure e denuncie indígenas e associações que incentivam e participam do garimpo na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, que foi demarcada e homologada após uma luta que levou mais de 30 anos.
