Cotidiano

Polícia Civil: A esperteza de cães farejadores em investigações

Os animais estão presentes na Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Bombeiros, Sejuc e Guarda Civil Municipal

Durante uma investigação do Departamento de Narcóticos da Polícia Civil, a cadela Megan foi indispensável para encontrar  drogas ilícitas. Na tentativa de escapar do flagrante, o suspeito escondeu meio quilo de maconha prensada na lataria do veículo.

Mesmo sem o entorpecente estar visível, a cadela da raça pastor alemão, hoje com 5 anos, sentiu o odor da maconha e “avisou” os policias. Uma das formas que o animal utiliza para indicar a substância é a indicação passiva, quando ele senta ou deita do lado onde está a droga.

Megan acertou em cheio, para encontrar o material os policiais precisaram desmontar a porta do veículo.

De acordo com o policial civil Artur Oliveira, o trabalho dos cães farejadores é indispensável durante investigações de combate ao tráfico de drogas. “Cada instituição policial tem seu trabalho e treinamento com cães, no caso da Polícia Civil, a unidade de cães funciona dentro da estrutura do DENARC (Departamento de Narcóticos da Polícia Civil) que é especializado somente em detecção de drogas, porém existem animais treinados para atuar no policiamento das ruas, abordagens, salvamento de pessoas, imobilizar um criminoso” explicou.

Normalmente, os animais são treinados desde a infância. Porém, Artur explica que também é possível treinar animais adultos desde que tenham recebido uma boa base para o trabalho. “Existem algumas raças que são mais utilizadas em razão da disponibilidade e versatilidade do trabalho policial, como os animais das raças  Pastor Alemão, Pastor Belga Malinois, Pastor Holandês, Rottweiler e Dobermann. Alguns especificamente trabalham com a investigação e localização de pessoas por utilizar melhor o faro nessas tarefas, como o Bloodhound, por exemplo” relatou.

Para atuar nas Polícias, normalmente os cães são comprados pelo Estado, porém existem os animais particulares dos policiais que atuam por um Termo de Cessao de Uso na Polícia Civil e na SEJUC.

“No Estado de Roraima as instituições policiais, apesar de serem independentes no trabalho com cães, exercem rotineiramente atividades de treinamento e operações com cães de forma integrada, visando compartilhar conhecimento e experiências, com vistas para correções de falhas e otimização de resultados no combate ao crime” reforçou o policial.

Normalmente, os animais são treinados desde a infância. Porém, Artur explica que também é possível treinar animais adultos (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Dica para os Pets não policiais

Para incentivar a obediência do cão, existe uma série de fatores que fazem parte do treinamento. Artur reforça que os treinadores e tutores precisam buscar respeito do cão.

“Muitas vezes depende mais dos tutores do que os animais em si. Se for permitido ele fazer o errado a vida toda, ele dificilmente irá aprender, já que o treinador pode até ensinar, mas ao virar as costas, o cão poderá voltar a fazer a “bagunça” brincou.