Policiais relatam o orgulho e os desafios da profissão

Nesta quinta-feira, 24, é comemorado o dia do policial militar. A data celebra o serviço dos profissionais que arriscam as suas vidas diariamente para cumprir a missão de proteger as pessoas, dar cumprimento às leis, combater o crime e preservar a ordem pública.

Policial há 31 anos, o coronel Magalhães Damasceno, 54 anos, ingressou ainda jovem na PMRR, viveu as mudanças na corporação, experiências e perdas de amigos de farda, entre outras situações. 

“Quando ingressei as coisas eram mais difíceis. Por exemplo, as viaturas eram sem ar-condicionado, não existiam redes sociais, as equipes tinham que sair de Boa Vista para atender ocorrências no interior do Estado, entre diversas outras situações marcantes”, comentou o coronel. 

Entre as ocorrências atendidas pela Polícia Militar (PMRR), uma que mais lhe chamou a atenção foi de uma senhora que morava sozinha e teve a casa invadida por um homem e em seguida, uma viatura da PM passou no momento em que a vítima corria para pedir ajuda. 

“Eu não atendi essa ocorrência, porém a coragem dessa senhora me chamou muito a atenção, e uma viatura da PM passar no momento exato que ela precisava é inexplicável. Esse é o nosso dever de servir e proteger a população. Ajudar o próximo é gratificante e não tem dinheiro que pague a felicidade do cidadão que é ajudado por nós”, ressaltou Damasceno. 

Outras situações marcantes para Damasceno foi quando a PM evitou o roubo de armas de fogo do Fórum Advogado Sobral Pinto, o roubo de um caixa rápido em frente ao Quartel do Comando Geral e as buscas por uma jovem assassinada por uma facção criminosa. 

“Foram ocorrências difíceis e que exigiram muito da polícia. Foi uma questão de honra solucionar esses casos, que teve o apoio da equipe de inteligência. Mais graças a todo esforço e dedicação conseguimos dar uma resposta para a sociedade”, contou o coronel. 

O aluno soldado PM Roberto Reis, 32, está ingresso na corporação. Ele esta há três meses no Curso de Formação de Soldados. Antes de ingressar na corporação, Reis atuou no Exército Brasileiro por oito anos e foi dai que surgiu a vontade de ser policial militar. 
“Eu nunca pensei em ser policial, porém sempre admirei a profissão. Essa adrenalina e sensação de aventura diária me fascinam. O meu sonho era servir ao Exército, mas a carreira lá é temporária. Quando surgiu a oportunidade de ser PM, fiz o concurso público e fui aprovado”, explicou Reis. 

Servir e proteger a população é o que diferencia os militares dos civis e eles levam a sério esse lema. “O PM não é melhor do que ninguém, somos diferenciados apenas, pois suportamos coisas, que talvez um civil não suporte. É justamente a renúncia e abdicação, ou seja, renunciar a si mesmo para proteger outra pessoa, mesmo que isso custe a sua vida, como diz a oração. Esse é o espirito do policial militar”, ressaltou o soldado. 

 
A Polícia Militar possui 2010 policias e seis Companhias de policiamento no interior do Estado. Desde a sua criação, a classe conquistou o aumento do efetivo, a Lei Estadual Nº 194 De 13 De Fevereiro De 2012, cursos e promoções em dia, reformas dos prédios, construção do quartel do Grupo De Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) e estande de tiro, aquisição de viaturas e material bélico, entre outras conquistas. 

São subordinadas a PM, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), Grupo De Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO), Esquadrão de Policiamento Montado (EIPMONT), Cia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa), Grupo de Intervenção Rápidae Ostensiva (Giro), Canil, Força Tática, Choque, Companhia Independente de Policiamento de Trânsito Urbano e Rodoviário (CIPTUR). 

DATA- 24 de junho recorda a morte de um militar enquanto reivindicava melhores condições de trabalho.

É assim desde 2017, quando a Lei Nº 13.449, de 16 de junho de 2017 alterou a data comemorativa, até então celebrada no dia 21 de abril.