As forças de Segurança em Roraima assinaram dois acordos de cooperação técnica para trabalhar em conjunto no combate ao crime organizado. As autoridades assinaram os acordos nesta quarta-feira, 24.
Nos acordos, a PF, a PM-RR (Polícia Militar de Roraima), PRF (Polícia Rodoviária Federal), Sesp (Secretaria de Segurança Pública), PCRR (Polícia Civil de Roraima), Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania), CBM-RR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima) e o Instituto Nacional de Identificação compartilharão dados de 15 sistemas de informação.
As instituições também instituíram a Ficco (Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado), onde as polícias se unem para realizar ações integradas de investigação e intensificar o combate ao crime organizado em Roraima. Os principais crimes a serem enfrentados são: tráfico de drogas, tráfico de armas e lavagem de dinheiro.
O superintendente da Polícia Federal em Roraima, Richard Murad Macedo, destacou a importância do compartilhamento de informações na Força-Tarefa. “Integração pressupõe confiança. Nada comprova mais a confiança entre os órgãos parceiros do que a disponibilização do que nós temos de mais caro: a informação”, observou.
O superintendente complementou ainda que todas as instituições participantes terão acesso a diversos bancos de dados que compõem o acervo da Polícia Federal, entre eles os de fluxo migratório, o sistema de passaporte e o sistema nacional de armas.
O acordo também prevê o compartilhamento de servidores que ficarão à disposição da Ficco para atividades de inteligência e operações. Outras ações propostas no documento são a capacitação das instituições entre si.
O diretor do Instituto Nacional de Identificação, Brasílio Caldera, disse esse que acordo facilitará o acesso aos dados, inclusive de pessoas desaparecidas. “Não são apenas sistemas de busca criminal, mas também sistemas de banco biométrico de busca de pessoas desaparecidas que é um sistema inédito no mundo”, analisou.
O delegado Geral da Polícia Civil, Herbert Cardoso Amorim, explicou a importância de troca de informações entre as instituições de segurança. “Essa troca de dados é importante para a polícia verificar os antecedentes criminais, as passagens pela Polícia Federal, os dados biométricos, enfim, tudo aquilo que pode identificar o autor de algum delito”, esclareceu.