Após a séries de mortes ocorridas nos últimos dias em Boa Vista, as forças que compõem a cúpula de segurança do Estado se reuniram na manhã desta quinta-feira, dia 18, no Comando Geral da Polícia Militar, para planejar ações que visam desarticular o crime organizado em Roraima.
O comandante Geral da Polícia Militar, coronel Francisco Xavier, informou que algumas evidências constatadas pelo serviço de Inteligência comprovam uma disputa de território do tráfico entre facções.
“O trabalho das forças de inteligência vai nos ajudar muito a coibir esse tipo de crime no nosso Estado. Isso vai desarticular e enfraquecer o crime organizado e proporcionar mais segurança para a nossa sociedade”, pontuou o comandante.
O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Cristiano Camapum, esclareceu ações efetivas de combate o aumento de crimes na capital.
Conforme o Camapum, o departamento e a Secretária Estadual de Segurança Pública (Sesp) têm trabalhando no “tripé da prevenção, atuação e do posterior crime” para que haja uma reposta rápida aos crimes recorrentes de facções criminosas.
Por isso, houve reforço na delegacia geral de homicídios com novos policiais, delegados e escrivães. E a junção da DRACO (Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado) com o DHPP, o que gerou a entrada de mais de 15 policias no departamento. Para se alinharem com a análise e levantamento de possíveis crimes da DRACO, e agir antecipadamente contra os criminosos.
Segundo o diretor, houve também aumento nas equipes de plantão da delegacia de homicídios.
“Todo crime de homicídio, uma equipe se desloca e inicia, imediatamente, as investigações. Então a gente tá reforçando a equipe para ter o maior número de policiais, para que o atendimento seja de imediato e seja possível realizar prisões em flagrante, imediatamente, após o crime”, disse Camapum.
Por fim, aconteceu a integração das forças de segurança pública. Em que todas as polícias e departamentos trocam informações para atuarem juntos sob o mesmo ponto.
SEGURANÇA PÚBLICA – Segundo o secretário estadual de Segurança Pública Edison Prola, as ocorrências têm características de execuções relacionadas ao tráfico de drogas, agiotas e de dívidas do garimpo.
“Algumas mortes dessas, nós temos informações concretas, que alguns são mortos porque não vendem drogas daquela determinada facção. Sabemos também de dívidas envolvendo agiotagem venezuelana, colombiana. Outra, é a questão do garimpo”, informou Prola.
Ainda, também reforçou que as forças de segurança pública estão trabalhando juntas para combater o crescente aumento de execuções e do crime organizado no estado.
Prola explicou que o trabalho integrado conta com a Polícia Militar e Polícia Civil e com o apoio do Corpo de Bombeiros, Sejuc [Secretaria de Justiça e Cidadania] e Detran [Departamento Estadual de Trânsito].
“Além das forças estaduais, também contamos com um trabalho integrado com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e as seguranças municipais. Estamos traçando novas diretrizes em relação ao combate ao crime organizado e definindo estratégias para que tiremos de circulação essas pessoas que cometem crimes”, disse Prola.