Cotidiano

Pontes caem e isolam produtores rurais

Situação precária das pontes e estradas é um problema constante na vida dos produtores, que ficam sem poder escoar a produção

Duas semanas após noticiar sobre a situação precária de vários trechos que ligam as vicinais 2 e 3 na região da Confiança 3, no Município do Cantá, Centro-Leste do Estado, os produtores rurais e moradores da região denunciam que a falta de manutenção fez com que algumas pontes caíssem nessas localidades.
A situação preocupa principalmente os produtores rurais, que temem não conseguir escoar a produção com o acesso intrafegável. “Está complicada essa situação porque dependo da venda de peixes e fica difícil sem ter como transportar a carga. Estamos sem ter acesso a nada e tem muita gente que depende disso”, lamentou o piscicultor Manoel Feliciano da Costa.
Segundo ele, para não ficarem completamente ilhados na região, os próprios produtores e moradores pagaram o serviço de tratores. “A gente se reuniu e nós pagamos os tratores para que fizessem os desvios, impedido de ficarmos impossibilitados de trafegar”, disse.
A chegada do inverno é outra preocupação, pois eles temem que a dificuldade de acesso aumente ainda mais. “As pessoas estão preocupadas com a chegada do inverno porque não vai ter como passar nada e os desvios ficarão alagados. Ficamos sem ter para onde correr. As autoridades não tomaram as providências e acabou acontecendo isso”, reclamou.

Situação se repete em vários vmunicípios, denuncia Fetag
A dificuldade de escoamento da produção devido à precariedade das estradas e vicinais no interior do Estado tem sido um dos principais empecilhos enfrentados pelo agricultor familiar. De acordo com a presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar em Roraima (Fetag), Maria Alves, todos os municípios do interior passam pelas mesmas condições. 
“Temos tido várias reuniões para ver essa situação, mas o assunto é apenas de interesse dos nossos agricultores. As autoridades não estão olhando para a agricultura familiar. Então, é precário, porque não temos recursos para consertar pontes e nem as estradas”, criticou.
Para ela, o problema dificulta ainda mais a vida do produtor, que tem prejuízos com o escoamento da produção. “As vicinais estão intrafegáveis e os agricultores estão com a produção de arroz, milho e mandioca, por exemplo, sem ter como ser transportada, porque não há acesso”, frisou.