A imagem de desolação do picolezeiro haitiano Dorvil Duma, de 32 anos, após ser assaltado por um motoqueiro enquanto trabalhava no bairro Mecejana chamou a atenção de muita gente e despertou o espírito de solidariedade dos boa-vistenses.
Após o caso ser noticiado pela Folha e circular nas redes sociais e em grupos de mensagens instantâneas, dezenas de pessoas procuraram Dorvil e o ajudaram com alimentos e dinheiro. Um dia após ter R$ 120,00 pelo assaltante, o haitiano foi surpreendido com o gesto de afeto da população.
O picolezeiro havia passado o dia sem comer vendendo picolés no desfile de 7 de setembro. Ele é um dos 50 haitianos que trabalham em uma sorveteria no bairro Cinturão Verde e que tiram do dinheiro conseguido vendendo os produtos o sustento da família.
Comovidos com a situação do picolezeiro, um grupo de taxistas e pessoas anônimas se reuniu para arrecadar dinheiro e alimentos ao haitiano. “Sempre que temos a oportunidade tentamos fazer algo para ajudar as pessoas, fazemos isso há anos. tem um trabalho que é feito final de ano onde entregamos cestas básicas e sempre que aparece alguém pedindo ajuda fazemos a arrecadação”, disse o taxista Elizel Bezerra.
Em menos de uma hora e com a ajuda de vários motoristas que passavam pelo Terminal de Ônibus no Centro, os taxistas conseguiram arrecadar R$ 410,00.
AJUDA- Quem quiser fazer doações ao haitiano pode procurá-lo na rua Mil Flores, apartamento 238, no bairro Pricumã, zona Oeste de Boa Vista.