As festas juninas, marcadas por música, dança, comidas e bebidas típicas, decoração com bandeirinhas coloridas e fogueiras, são celebrações profundamente enraizadas na cultura brasileira. Segundo Scarlett Dantas, professora de História do Centro Universitário de Brasília (CEUB), essas festividades, conhecidas como “Festas Joaninas”, surgiram no período medieval, mas seus antecedentes remontam à Antiguidade.
As festas juninas são também famosas pelas suas comidas típicas, especialmente aquelas feitas de milho. Scarlett Dantas explica que a iinfluência indígena e africana na culinária junina é marcante. A cultura do milho, comum entre os indígenas e aperfeiçoada pelos escravizados, resultou em iguarias como pamonha, canjica, milho cozido e munguzá. Além disso, o pé-de-moleque, doce feito de amendoim torrado e rapadura, possui raízes tanto nas tradições árabes, que habitaram a Península Ibérica, quanto nas práticas dos escravizados trazidos para as Américas. A culinária de raízes, como mandioca, inhame e batata-doce, é outro legado dessas culturas, com pratos que são consumidos especialmente nas noites frias das festividades juninas.
Significado agrícola
O milho é versátil e pode ser preparado de várias maneiras, o que enriquece a culinária das festas juninas. Entre as iguarias típicas estão pamonha, canjica, curau, milho cozido e munguzá, que são consumidos amplamente durante as festividades
Colheita de milho: Junho é tradicionalmente um período de colheita de milho no Brasil. A abundância desse cereal nessa época do ano fez com que ele se tornasse um ingrediente central nas festas juninas.
Ciclo produtivo: As festas juninas têm suas origens em festividades agrárias que celebravam o solstício de verão no hemisfério norte. Essas festas estavam associadas à colheita e à fertilidade do solo, temas que se mantiveram nas celebrações adaptadas no Brasil.
