Cotidiano

Postes de energia queimados ameaçam cair

Situação é prejudicial tanto para consumidores, quanto para empresa de distribuição

Cerca de 90% dos postes da vicinal 9, região do Apiaú, no município de Mucajaí ameaçam cair devido ao excesso de queimadas na região.  Os postes de energia foram destruídos em incêndios que ocorrem nesse período. Os casos ocorrem em praticamente todo o Estado.

“Os postes estão queimados e prestes a cair, o risco é de desabar em algum veículo ou motociclista que esteja passando na região e deixar a vicinal 9 e goncalão sem energia” explicou Nelcides dos Santos, que registrou fotografias e vídeos e enviou para a redação do Jornal Folha de Boa Vista.

As queimadas não controladas estão atingindo os postes de madeira do Estado que ainda existem em um número considerável.

“A empresa já está tendo um prejuízo financeiro muito grande e mais ainda os clientes que ficam muitas horas sem energia. Porque há muitas demandas e não conseguimos atender todas em um prazo de tempo curto”, declarou o gerente Francisco Galdino, da Roraima Energia que contou ainda que o valor em dinheiro do prejuízo não foi calculado.

Sobre a demora em atender a demanda, há duas situações. A primeira é a dificuldade de conseguir se comunicar com os municípios mais afastados da capital. Há casos que demoram dias para que a empresa tome conhecimento.

“A partir do momento que a empresa toma conhecimento da situação, as equipes de manutenção são acionadas. Mas há problemas de comunicação em Roraima e isso pode dificultar a agilidade no atendimento”, explicou.

O segundo problema é a questão da segurança das equipes que agem nestes casos. Há situações em que o fogo persiste e por questões de segurança os profissionais ficam impossibilitados de agir e restabelecer o fornecimento de energia.

 “Pedimos à população para ter mais cuidado com esta questão de queimadas, pois sabemos que é uma coisa cultural em Roraima, principalmente no interior, em que elas [queimadas] saem do controle das pessoas e acarreta todo este prejuízo”, observou Francisco Galdino.