Cotidiano

Postos já reajustaram preço da gasolina e do diesel em Roraima

Os donos de postos dizem que fornecedora em Manaus já reajustou preço, fazendo com que eles repassassem ao consumidor

Já está em vigor o decreto publicado no dia 1º no Diário Oficial da União, que determina o reajuste da alíquota de PIS/Cofins, aumentando o imposto cobrado sobre os combustíveis fósseis. A partir de agora, em todo o país, o preço da gasolina sairá das refinarias R$0,22 mais cara por litro. Já o diesel sai R$ 0,15 mais caro por litro (o reajuste é menor por ser mais utilizado no setor de produção nacional).
Nesta segunda-feira, ao longo da tarde, vários postos de combustível da Capital começaram a trocar os preços de gasolina e de diesel que tinham em suas placas. Os preços da gasolina comum saíram de R$3,19, em média, para R$3,39 aproximadamente.
Os valores médios dos combustíveis na Capital, já reajustados, até o momento, são os seguintes: gasolina comum R$3,39; gasolina aditivada R$ 3,46; diesel comum, R$3,08; e diesel S10 R$3,17.
Como a Petrobras anunciou anteriormente que não absorveria o aumento de tributos e o repassaria às distribuidoras, os valores são fixados de forma não obrigatória pelos postos em seu preço final.
O proprietário de posto Clever Gomes disse que a refinaria que distribui todo o combustível para o país, inclusive Roraima, é a Petrobras. “Todos os postos do Estado compram gasolina e diesel de distribuidoras em Manaus [AM]. A empresa repassou o valor hoje [ontem] e já estamos fazendo o reajuste dos preços nesta tarde mesmo”, afirmou.
O também proprietário de posto Sérgio Longen disse que a medida do Governo Federal fez transferir à sociedade o que não fez em seu compromisso de campanha. “Faltou austeridade fiscal. Não quitaram as despesas correntes e, agora, naturalmente, aumentam os impostos, inclusive em cima do combustível, para cobrir o rombo do Tesouro”, frisou.
A dona de restaurante Lúcia Fontana soube do reajuste do combustível no momento em que foi questionada pela Folha. “Nós acabamos pagando mais caro, para variar. O que me impressiona é que, no meio de todo esse escândalo na empresa [Petrobrás], eles tomem medidas tão impopulares”, disse.
A mesma opinião é compartilhada pelo piloto de aeronave Gilson Sardinha, enquanto abastecia o carro. “Acredito que toda a população brasileira, como eu, vai se sentir lesada com esses aumentos. Estes reajustes não poderiam vir em pior momento”.
SETOR LOGÍSTICO – O motorista de caminhão Genésio Braga disse que o setor de transportes também se vê prejudicado com o reajuste. No entanto, ainda não se fala em repassar valores no setor. “Fica mais caro operar, logicamente. No caso da minha empresa, nós esperamos dois ou três meses para fazer o reajuste para o cliente”, disse.
Fernando Oliveira, que também trabalha no setor de logística e cargas, explica o porquê da espera: “Esperamos um pouco para repassar para o consumidor porque as mudanças bruscas espantam. Os custos estão ficando cada vez mais caros em todos os setores e não queremos ficar em recesso”. (J.P.P)