Cotidiano

Preço da carne bovina terá novo reajuste a partir de segunda-feira

Produtores afirmam que altos custos de produção, o consumo elevado do produto e os insumos mais caros os obrigaram a aumentar o preço

O preço da carne bovina vendida nos frigoríficos de Roraima sofrerá novo aumento a partir da próxima segunda-feira, 24. A carne, que custa em média R$ 8,50 o quilo, passará a custar R$ 9,20. Já a arroba, que corresponde a 15 Kg de carne, que é vendida por R$ 127,50, a partir da semana que vem custará R$ 138,00, um aumento de 8% em relação ao atual valor.
Conforme o presidente da Cooperativa Agropecuária de Roraima (Coopercarne), Disney Mesquita, o reajuste estava programado e deve-se aos altos custos de produção e consumo no Estado. “O insumo está subindo em todo mercado nacional e, quando chega até Roraima, os preços se elevam. Com isso, os custos de produção aumentam e não temos alternativa a não ser reajustar o preço da carne”, esclareceu.
Ele citou o fato de Roraima possuir menor valor cobrado na arroba em relação aos outros estados da região Norte. “Mesmo com esse aumento, há o que comemorar, pois temos os menores preços de carne bovina das capitais do País. Há uns 90 dias que não acontecia esse reajuste e é uma tendência nacional”, frisou.
Conforme Mesquita, a cooperativa trabalha com os preços da carne vendida no atacado e que são repassados aos frigoríficos. “A base é do mercado nacional e quem regula o preço aqui é o Amazonas. À medida que a oferta ao produtor aumenta, o preço vai sendo abocanhado, e como Rondônia elevou os preços acima da média, eles vêm comprar aqui em Roraima”, frisou.
Sobre a forma de como o aumento proposto pela Coopercarne vai chegar até o consumidor, Disney Mesquita disse que vai depender do mercado varejista a forma de como serão regulados os preços. “Com certeza, vai chegar ao consumidor. Mas quem faz o preço é o mercado varejista, apenas repassamos o produto ao produtor. Porém, quem regula os preços é esse mercado”, disse.
Mesmo após a alteração na classificação da febre aftosa no Estado de alto para médio risco, em agosto deste ano, o preço da carne bovina sofreu dois reajustes. A avaliação da Coopercarne era que, após essa mudança, os preços cairiam com os novos investimentos no mercado local. Porém, de setembro para cá, quando o reajuste foi de 7%, o preço da carne bovina subiu duas vezes. “Na verdade, tudo isso gira em função de como o mercado estava na época. Quem regula esse sobe e desce é o mercado, e não o produtor, nem o distribuidor. Ou seja, essa oferta estando baixa automaticamente a tendência do custo da carne é subir”, frisou.