Cotidiano

Preço da carne será reajustado em 8,6%

Seca provocada pela forte estiagem foi a justificativa dos pecuaristas para aumentar o preço da carne bovina

A partir de sábado, 09, o consumidor roraimense irá pagar mais caro pela carne bovina. O preço do produto sofrerá reajuste de 8,6%. Conforme o presidente da Cooperativa dos Produtores de Carne de Roraima (Coopercarne), Disney Mesquita, o reajuste ocorrerá em virtude da seca, que provocou queda na produção, pois impediu que o boi engordasse.
O quilo, que atualmente custa R$ 9,20, passará a valer R$ 10,00 porque a arroba, equivalente a 15 quilos de carne, saltará de R$ 138,00 para R$ 150,00. Conforme Mesquita, o último reajuste foi em novembro passado, quando houve um aumento de 8,23%. “O preço da carne subiu em todo o País. Até o momento, ainda não houve quedas nas vendas. O reajuste sofrido em Roraima é o menor. Em outros estados, a arroba está saindo até a R$ 180”, explicou.
Conforme os pecuaristas, a seca provocada por fenômenos climáticos foi o que mais colaborou para o aumento do preço. Conforme o presidente da Coopercarne, a falta de água para irrigar os pastos e matar a sede do boi impediu que ele engordasse. “Como a produção está baixa, os pecuaristas compensam as perdas com os reajustes”, frisou.
Devido à situação, o Amazonas, maior comprador de carne bovina produzida em Roraima, terá o fornecimento do produto interrompido. “A venda para o Estado vizinho já está suspensa. Não temos como atendê-lo, pois existe risco de desabastecimento. Ainda não produzimos nem a carne para o nosso consumo”, informou.
Apesar de o aumento no preço da carne ainda não ter entrado em vigor, alguns supermercados da Capital já relatam queda nas vendas. “A carne não aumentou, mas outras coisas sim. O aumento no preço da gasolina provocou reajuste em uma série de outros produtos. E, para economizar, o consumidor acabou optando por alternativas mais baratas, como o frango. Já constatamos um aumentou de cerca de 15% nas vendas deste produto”, disse Roberto Pereira, gerente de um supermercado na zona Oeste.
A funcionária pública Marizete Medeiros já trocou o frango pela carne. “Um frango dura cerca de uma semana e custa bem menos que a carne. Claro que não deixamos de consumir carne, porém, a frequência com a que a comprávamos diminuiu bastante”, disse. (I.S)