Cotidiano

Preço da cesta básica provoca protestos de consumidores

Em alguns supermercados de outros estados, o feijão, o leite, o óleo de soja e a carne tiveram alta de até 80%

O brasileiro foi às compras nas últimas semanas e se deparou com aumento no preço de produtos que compõe a cesta básica. Em alguns supermercados de outros estados, o feijão, o leite, o óleo de soja e a carne tiveram alta de até 80%.

Entidades que atuam em defesa dos consumidores protestaram e enviaram um comunicado sobre o reajuste de preços dos alimentos à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). O Procon Boa Vista reforça a cobrança por explicações.

O documento cobra medidas governamentais para apurar as causas e discutir como conter os frequentes aumentos nos preços dos alimentos que compõem a cesta básica, que prejudicam a saúde financeira do consumidor.

A Associação Brasileira de Procons (ProconsBrasil), o Ministério Público do Consumidor (MPCon) e a Comissão de Defesa do Consumidor da OAB Federal (CDCCFOAB) pediram providências que garantam ao brasileiro acesso aos itens básicos da sua alimentação.

Já a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) alertou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre a situação dos preços.

A Senacon articulou uma reunião interministerial para discutir o assunto com representantes do Governo Federal, a fim de compreender o que gerou esse salto no preço dos produtos.

Os Ministérios da Agricultura e da Economia se comprometeram a enviar os dados e informações necessários, especialmente aqueles relacionados ao comércio exterior.

E com base nas informações repassadas, em caráter de urgência, a Secretaria Nacional do Consumidor informou que irá avaliar as alternativas para garantir a competitividade nesse setor e, principalmente, para que não falte produtos da cesta básica na mesa do consumidor brasileiro.

A secretária-executiva de Defesa do Consumidor de Boa Vista, Sabrina Tricot, comentou que o objetivo de toda essa articulação dos órgãos de defesa do consumidor é coibir abusos nos preços dos produtos que compõem a cesta básica em plena pandemia.

“Os Procons não são órgãos que controlam preços, porém, combatem firmemente e com veemência os abusos contra os consumidores. E nós entendemos que esses aumentos abusivos e sucessivos dos alimentos promovem impactos sérios na vida financeira do consumidor”, disse Sabrina Tricot.

Sabrina Tricot ressaltou que nesse período de pandemia, a situação torna-se ainda mais grave.

“Por isso, a população deve denunciar. Para coibir as possíveis irregularidades nas relações de consumo, os órgãos de defesa do consumidor de todo o país pretendem intensificar as fiscalizações”, ressaltou.

 Especialistas explicam que o problema ocorreu devido ao desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno, principalmente, em referência ao arroz. Apesar de o país ter estoque suficiente para suprir o consumo interno, grande parte do produto disponível encontra-se nas mãos de produtores bem capitalizados, que têm escalonado suas vendas, principalmente para a China, em busca de preços mais remuneradores diante da desvalorização da moeda brasileira.

A Secretaria Executiva de Defesa do Consumidor do Município de Boa Vista – SEDC/Procon BOA VISTA fica localizada no Centro de Atendimento ao Cidadão João Firmino Neto – Terminal do Caimbé – Avenida dos Imigrantes nº 1612, bairro Buritis – 1º andar. O atendimento presencial ocorre em horário comercial, das 8h às 18h. 

O consumidor que necessitar de atendimento poderá solicitá-lo, ainda, pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones: (95) 98403-0771, (95) 98400-4997 e (95) 98400-5720.